Quando o assunto é eficiência logística, Lead Time é um dos KPIs mais importantes para a gestão da cadeia logística, entretanto, o controle de Lead Time é bastante desafiador porque depende de uma comunicação clara e constante com fornecedores e transportadoras, estabelecer parâmetros claros de qualidade.
Neste artigo, abordaremos alguns conceitos-chave para que você possa compreender gargalos logísticos e todos os impactos negativos de uma gestão de supply chain ineficaz, para evitá-los ao longo de sua jornada profissional.
Boa leitura!
O que é Lead Time na cadeia de suprimentos?
De maneira geral, o lead time representa o tempo total de uma operação logística, desde o momento em que o fornecedor recebe a ordem de compra até a entrega da mercadoria no armazém do cliente.
Utilizar ferramentas de monitoramento e rastreamento, estabelecer planos de contingência e investir em tecnologia são boas práticas para medir e controlar o Lead Time.
Qual a importância do Lead Time na logística de suprimentos?
Basicamente, o Lead Time é a base para determinar níveis de estoque, prazos de produção e entrega, ele influencia diretamente a logística de suprimentos e isso quer dizer, que um Lead Time mais longo que o previsto pode acarretar em despesas não previstas, de forma a gerar gargalos logísticos.
A previsibilidade das operações é algo importante para a estratégia do negócio porque ajuda na redução de custos relacionados a ineficiências logísticas, como atrasos na entrega, cobrança de taxas extras e até mesmo demurrage fee, que nada mais é do que uma sobrestadia de contêiner
Entretanto, para otimizar o Lead Time, é necessário mapear o processo logístico e todas as etapas que exigem ação imediata para torná-lo mais eficiente, ou seja, ter a completa visibilidade da cadeia logística e isso não é tarefa fácil.
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Quais fatores podem influenciar o Lead Time no supply chain?
No comércio exterior, a eficiência na entrega dos produtos é essencial para o sucesso da empresa. Nesse sentido, o controle do Lead Time é um fator crítico.
Uma das principais causas de atrasos, por exemplo, é a falta de planejamento e gestão adequados. Afinal, é necessário ter uma previsão de demanda precisa e um planejamento eficiente para evitar atrasos na produção. Vamos à algumas delas:
- Fornecedor: saber selecionar bons fornecedores é mais importante do que negociar preço com eles, pois ao mesmo tempo em que não se deseja centralizar uma linha de produção em único fornecedor é preciso confiar na rede que se dispõe a entregar uma matéria prima de qualidade. Para evitar imprevistos, é recomendado ter pelo menos dois fornecedores para cada matéria-prima e insumo. Dessa forma, em caso de qualquer problema, é possível contar com alternativas, o que se configura como uma prática de gestão de fornecedores eficiente.
- Data da emissão da Purchase Order: no ato da compra, é necessário considerar o tempo de fabricação e disponibilidade da carga para embarque, visto que atrasos podem ocorrer com base no tamanho da compra e tipo de mercadoria. Por este motivo, é importante que no planejamento seja incluído uma margem de tempo flexível para levar em conta possíveis atrasos.
- Gargalos de produção: é preciso ter certeza de que todos os equipamentos estejam funcionando e que seus colaboradores estejam treinados e capacitados para executar suas tarefas. Além disso, os veículos responsáveis pelo transporte do produto final devem estar sempre prontos e abastecidos, utilizando rotas otimizadas para minimizar o tempo de entrega. Para tanto, é recomendável investir em ferramentas inteligentes, capazes de fornecer um controle mais preciso dos processos produtivos e logísticos.
Como medir o Lead Time?
O Lead Time pode ser medido de diferentes maneiras, dependendo do processo produtivo em questão. Em geral, medimos o lead time a partir do momento em que o fornecedor recebe a ordem de compra até a entrega do produto ao cliente final.
Para medi-lo corretamente, é necessário considerar todas as etapas do fluxo. Isso inclui o tempo de processamento interno, produção, transporte, desembaraço aduaneiro (quando se trata da importação) e eventuais períodos de espera.
A medida começa com a definição clara do ponto de partida e do ponto final do processo. Isso ocorre porque o lead time pode ser calculado para uma etapa específica, como o tempo de produção do fornecedor, ou para toda a cadeia de suprimentos, conhecido como lead time total.
Em seguida, é preciso registrar de forma precisa os prazos em cada etapa, utilizando sistemas de gestão ou ferramentas de monitoramento que garantam dados confiáveis.
Por exemplo, no caso da importação, o cálculo pode incluir desde a emissão do pedido ao fornecedor no exterior, passando pelo tempo de fabricação, consolidação da carga, transporte internacional, desembaraço aduaneiro e entrega ao destino final.
Uma análise consistente do lead time não se limita a medi-lo, mas também envolve comparar o desempenho real com o lead time previsto, identificando discrepâncias e suas causas. Dessa forma a empresa pode adotar medidas para reduzir atrasos, melhorar a previsibilidade, e consequentemente, aumentar a satisfação do cliente.
Como calcular o Lead Time da sua operação?
Além dos tempos mencionados acima, é preciso conhecer os processos e possíveis eventos capazes de alterar a previsão.
Suponha que uma importação da China contou com pedido formalizado (Purchase Order emitida) em 01/07 e prontidão de carga em 08/07. De acordo com o tempo médio de importação, temos os seguintes dados: embarque no porto de origem em 10/07 e chegada no Brasil: 20/08.
Já no processo de nacionalização, desde a apresentação da carga na aduana até o desembaraço da carga teríamos mais 10 dias corridos e posterior entrega da carga no armazém do importador em: 04/09.
O Lead Time total dessa operação seria de 65 dias, entretanto existem alguns eventos como, transbordo não previsto, atraso na escala do navio, greve na RFB e outras situações capazes de alterar a previsão do ETD. O desafio da gestão do supply chain é a visibilidade total que sem ferramentas de monitoramento em tempo real representa ainda mais complexidade para essa gestão.
Ferramentas que ajudam a monitorar lead time
- Sistemas integrados: capazes de centralizar dados de pedidos, produção, transporte e entrega. Facilitam a análise do desempenho logístico e ajudam a identificar gargalos que afetam o Lead Time.
- Dados estruturados: quando bem usados, reduzem o Lead Time, evitam prejuízos e aumentam a confiança dos clientes.
- Plataformas de visibilidade logística: oferecem rastreamento em tempo real, cálculo automático do Lead Time por etapa e alertas de desvios. Permitem tomar decisões rápidas e reduzir atrasos na operação.
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