A importação de peças automotivas é um negócio vantajoso e em plena expansão no Brasil. Isso se deve à grande quantidade de marcas de veículos estrangeiros no país, com destaque para as de origem chinesa.
Apesar de existirem fábricas multinacionais do ramo automotivo em território nacional, a produção de peças de reposição muitas vezes não atende à demanda local ou é mais cara que as importadas.
Some-se a isso a baixa qualidade das estradas, que reduz a vida útil dos automóveis e exige manutenção constante. Assim, temos um cenário muito favorável à compra de peças automotivas no exterior.
Isso destaca a importância da cadeia de suprimentos no setor automotivo para o abastecimento das fabricantes e revendas de peças.
No entanto, para aproveitar essas vantagens, é essencial seguir os procedimentos corretos de importação, incluindo a gestão de documentos, pesquisa de fornecedores confiáveis e cálculo de impostos.
Confira neste artigo o passo a passo de como fazer isso!
O Brasil importa peças automotivas por quatro motivos principais: preço mais baixo, maior qualidade, variedade de modelos e necessidade constante de reposição. Comprar peças em outros países, como a China, tem sido mais vantajoso em comparação às peças nacionais, principalmente devido ao custo de produção brasileiro, que é mais elevado.
Entenda os fatores que impulsionam a importação:
Seguir de forma correta as etapas para importação de peças automotivas é essencial para o êxito da operação. O primeiro passo é garantir que o CNPJ da sua empresa esteja regularizado e habilitado no Radar Siscomex da Receita Federal.
Feito isso, realize uma análise de mercado com o Segment Intel Autopeças — Solução da Logcomex sobre quais peças deseja importar e quem é seu público-alvo. Em seguida, siga estas etapas:
Esta é uma etapa crítica para estabelecer negócios confiáveis. Ao pesquisar fornecedores internacionais de peças automotivas, verifique:
De acordo com a Logcomex, de janeiro a agosto de 2025, os principais fornecedores de peças automotivas para o Brasil localizaram-se na China, Japão, México, Alemanha, Estados Unidos, Suécia, Itália, Índia, Tailândia e Coreia do Sul.
O modal marítimo é o mais utilizado na logística de peças automotivas. É vital ter uma boa assessoria para garantir:
Esta é a etapa mais técnica dos processos aduaneiros na importação, sendo essencial a contratação de um despachante especializado na área. É fundamental estar atento a toda a documentação:
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Um dos pontos mais importantes é a correta classificação fiscal do produto. É preciso verificar o NCM (Nomenclatura Comum do Mercosul) da peça, pois é ele que determina as alíquotas dos impostos e todas as outras tarifas de importação de peças automotivas.
Principal oportunidade: Vantagem Competitiva. A maior oportunidade no comércio de autopeças importadas é o preço. Pesquisas mostram que peças importadas chegam a custar até 80% menos do que as produzidas no Brasil, mesmo incluindo os custos de frete e impostos. Isso garante uma enorme vantagem competitiva para quem trabalha com importação desses produtos.
Apesar das vantagens, o mercado possui desafios, como flutuações cambiais e momentos de baixa demanda. No entanto, os números recentes confirmam a força do setor:
De acordo com a Logcomex, as top 3 NCMs mais importadas de janeiro a agosto de 2025, foram:
Os principais países fornecedores de autopeças para o Brasil (de janeiro a agosto de 2025) segundo a Logcomex, foram:
1. China: US$ 1,4 bilhão (19%)
2. Japão: US$ 989,2 milhões (13%)
3.México: US$ 774,2 milhões (10%)
As regiões Sudeste/Sul destacaram-se nas importações de peças automotivas de janeiro a agosto de 2025:
Os principais impostos são o Imposto de Importação (II), IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados), PIS/PASEP-Importação, COFINS-Importação e o ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços). As alíquotas são definidas pela classificação fiscal (NCM) da peça.
Para encontrar fornecedores confiáveis na China, participe de feiras do setor, use o Segment Intel Autopeças — solução da Logcomex e sempre exija certificações de qualidade (como ISO 9001). Peça amostras e verifique as garantias de devolução antes de fechar um grande pedido.
Sim. Para importar com fins comerciais (seja para revenda ou para uso na produção), é necessário ter um CNPJ regularizado e habilitar a empresa no Radar Siscomex da Receita Federal, que autoriza a realização de operações de comércio exterior.
Conforme dados da Logcomex, uma das NCMs com maior volume de importação de autopeças é a 87084080, referente a "Outras caixas de marchas", que movimentou US$ 1,5 bilhão entre janeiro e agosto de 2025.
O Segment Intel Autopeças é a solução da Logcomex que traz inteligência de dados para o mercado de importação de autopeças. Com a ferramenta, você acessa dados estratégicos para identificar oportunidades e negociar com mais inteligência. Além disso, você: