O modal marítimo responde pela maior parte da movimentação de cargas, pois transportar grandes volumes em um navio é muito mais barato que por avião. Além disso, sua capacidade permite transportar grandes carregamentos, como petróleo, grãos e minérios.
Se você trabalha com importação e exportação e quer entender o que acontece nos bastidores de um porto, leia este artigo repleto de detalhes técnicos sobre a rotina operacional de um porto.
Acompanhe!
O que é um porto e sua importância no comércio internacional
De maneira prática, o porto é uma estrutura para a atracação e a movimentação de embarcações, pessoas e mercadorias. Por isso, é impossível pensar em comércio exterior sem pensar em um porto.
Sabemos que entender como funciona um porto é complexo e desperta curiosidade, especialmente para quem começa no comércio exterior. Por isso, é importante esclarecer que, no Brasil, a ANTAQ (Agência Nacional de Transportes Aquaviários) regula e supervisiona as atividades relacionadas à navegação e organização dos portos.
Estrutura de um porto: principais componentes
No Brasil existem empresas públicas que administram comercialmente nove portos, também chamadas de companhias Docas. Além disso existem quatro concessões estaduais e quatro portos privados.
A estrutura de um porto é composta por muitos componentes, por este motivo, é denominado “Complexo Portuário”.
A seguir explicaremos um pouco sobre os principais componentes de um porto. Acompanhe!
- Cais: Área do porto onde os navios atracam para carregar ou descarregar mercadorias, ou seja, é o ponto de acesso para as operações logísticas, incluindo carga e descarga das mercadorias.
- Bacia de Evolução e Berços para atracação: berços para atracação são estruturas do cais planejadas para que os navios possam “estacionar”. Já a bacia de evolução é o local designado para a manobra da embarcação, ou seja, é preciso navegar na bacia de evolução para entrar ou sair do berço de atracação.
- Terminais de carga e descarga: Áreas destinadas à movimentação de carga propriamente dita. Os tipos de terminais a serem utilizados variam de acordo com o tipo de carga manipulada. Por exemplo: terminal de contêineres, terminal graneleiro e terminal de carga geral.
- Armazéns e pátios: Os armazéns e os pátios funcionam como áreas comuns para a movimentação secundária. Os principais equipamentos usados em operações portuárias incluem guindastes, portêineres e empilhadeiras, que movimentam contêineres e cargas soltas, pesadas e volumosas, que não cabem em contêineres.
Processos portuários: do desembarque à distribuição
De maneira geral, o fluxo de uma mercadoria oriunda do exterior começa com o desembarque, seguido do descarregamento, presença de carga, despacho e desembaraço, até que a mercadoria se torne nacional.
Entretanto, os volumes recebidos na importação costumam ser altos e por isso, a logística portuária demanda bastante energia para a movimentação de cargas.
Confira a seguir como acontece o fluxo de cargas importadas:
A chegada da mercadoria no porto dá início ao processo logístico, com o descarregamento do navio e o desembarque dos contêineres direto para os terminais.
Em seguida, realiza-se a presença de carga para que o processo de nacionalização seja iniciado. Este processo conta com três principais fases: registro da declaração de importação, que dá início ao processo de despacho aduaneiro, parametrização da carga e desembaraço aduaneiro.
A inspeção aduaneira, pode haver ou não, a depender do canal de parametrização da carga, sendo o canal verde sem necessidade de inspeção, o amarelo limitado à checagem documental e o vermelho inspeção física e documental da carga.
Após a liberação, as mercadorias seguem do porto até o destino final, que pode ser um armazém ou as instalações do importador.
O modal rodoviário é o principal meio de transporte para a logística de distribuição, mas é comum transportar alguns tipos de carga, como grãos e toras de madeira, via ferrovia no primeiro trecho.
Se você se interessou por este assunto, confira mais detalhes sobre o processo de importação no artigo: O que é importação de produtos? Entenda mais sobre esse processo
Tipos de portos e suas especialidades
Os portos Multimodais contam com uma infraestrutura capaz de integrar diferentes modais de transporte visando agilizar a logística de distribuição das mercadorias para outras zonas aduaneiras ou até mesmo para outros portos, no caso de transbordo.
Por isso, os portos multimodais são os portos com maior volume de movimentação, como Porto de Santos, Paranaguá e Itajaí.
Já nos portos fluviais, podemos encontrar tanto operações oriundas dos rios, ideais para cabotagem, quanto operações marítimas. Por exemplo, a geografia do Porto de Manaus o classifica como fluvial, porém, de acordo com a classificação da SNPTA (Secretaria Nacional de Portos e Transportes Aquaviários), ele também se classifica como marítimo, pois recebe embarcações de linhas oceânicas.
Leia também: Portos do Brasil: quais são os 10 maiores? Dados e estatísticas
Impacto da tecnologia na logística portuária
O uso de guindastes robotizados, transportadores automáticos e sistemas de controle integrados, já é uma realidade em muitos portos do mundo.
Tais ferramentas otimizam o manuseio de carga e reduzem o tempo de permanência dos navios no porto.
Os sistemas de gerenciamento, por sua vez, centralizam dados em tempo real, facilitando a tomada de decisões e a coordenação entre os diversos agentes envolvidos, como armadores, operadores de carga, bem como autoridades portuárias.
Juntas, essas tecnologias são responsáveis por aumentar a produtividade, a segurança e a sustentabilidade no setor portuário.
Sustentabilidade e desafios enfrentados pelos portos
Iniciativas como modernização da frota e combustíveis alternativos são boas alternativas em prol da sustentabilidade, entretanto o caminho para conciliar a melhoria na eficiência operacional e a sustentabilidade conta com muitos desafios, visto que um dos principais efeitos adversos da globalização é o desequilíbrio ecológico.
Por isso, grandes companhias do setor de transporte marítimo estão investindo em tecnologia em prol da redução das emissões de CO2.
Dentre as iniciativas de descarbonização estão a modernização da frota e o desenvolvimento de combustíveis biodegradáveis.
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