Presidente do BC Chinês prevê a maior estabilidade no mercado financeiro

O presidente do Banco Central da China (PBOC), Zhou Xiaochuan, afirmou em comunicado que o “processo de correção” nas bolsas chinesas já quase terminou e previu “maior estabilidade” no mercado financeiro a partir de agora. Zhou tentou, assim, enviar uma mensagem de tranquilidade na cúpula do G-20 em Ancara, na Turquia, depois de ouvir dos colegas declarações preocupadas sobre a situação na China.

Em encontros com ministros de Finanças e governadores de bancos centrais das 20 principais economias do planeta, Zhou lembrou as medidas implementadas pelo governo para deter a queda das bolsas e garantiu que estas políticas ajudaram a prevenir riscos sistemáticos.

Zhou afirmou ainda que a moeda chinesa está perto de se estabilizar e instituiu que não há razão para uma desvalorização persistente.

Pequim disse que a forte desvalorização do yuan em agosto de 2015 foi parte dos esforços de tornar o câmbio do país mais orientado pelo mercado e menos pelas políticas estatais. A medida, que veio sem aviso prévio no meio de um colapso da bolsa chinesa, causou ansiedade nos mercados financeiros.

As declarações de Zhou parecem visar e acalmar o mercado, que teme uma desvalorização ainda maior para ajudar as exportações do país.

Também no encontro do G-20, o ministro de Finanças da China, Lou Jiwei, tentou amenizar as preocupações com a desaceleração da economia chinesa, dizendo que Pequim não está especialmente preocupado com flutuações de curto prazo e que manterá os planos de reforma.

O Partido Comunista está no meio de uma maratona para estimular o consumo doméstico e reduzir sua dependência nas exportações e investimentos. Nos últimos meses, contudo, os número não foram  motivo de otimismo: em julho/2015 as exportações e vendas de carro contraíram e, em agosto, a atividade industrial desacelerou. Segundo o comunicado do BC Chinês, o governo do país espera um crescimento de 7% ainda neste ano.

A situação da economia chinesa centrou o debate do G-20 na Turquia, que terminou com um comunicado do grupo dos 20 no qual as principais economias se mostraram esperançosas em poder acelerar o crescimento econômico global, apesar de suas expectativas anteriores não terem se concretizado.

 

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