Vamos conhecer sobre o cenário da importação e exportação brasileira de itens consumidos durante o período de Páscoa, como chocolates e bacalhau?
Talvez você tenha percebido nas gôndolas dos supermercados, talvez não, mas fato é que o preço médio do chocolate está maior em 2025.
Segundo dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), no acumulado de 2024 o preço dos chocolates e bombons aumentou 14,31%, quase o dobro da inflação de alimentos, que ficou em 7,25%. Alguns dos motivos que motivaram essa alta foram as questões climáticas adversas e a crise sanitária no continente africano, responsável por aproximadamente 70% da produção mundial de cacau, matéria-prima utilizada para a produção do chocolate.
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Hoje, abordaremos os impactos da produção nos preços praticados no mundo todo, bem como veremos alguns dados da importação e exportação de chocolate e bacalhau no Brasil.
De quem o Brasil importa cacau e chocolate?
Vamos olhar para as importações brasileiras de chocolate e de cacau? Separamos as duas principais categorias no Comex Vis, portal do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC).
Em 2024, o Brasil importou 41 mil toneladas de “cacau em pó, manteiga ou pasta de cacau”, atingindo quase US$ 160 milhões. Enquanto o volume importado registrou alta de 17,4% o valor gasto com essas importações subiu 60%.
Nossos principais fornecedores foram Malásia (21%), Peru (16%), Uruguai (12%), Gana (11%), Costa do Marfim e Holanda (10%).
Por outro lado, na categoria “chocolate e outras preparações alimentícias contendo cacau”, que representam maior grau de industrialização, importamos 20 mil toneladas em 2024.
Aqui, nossos principais fornecedores foram Argentina (33%), Alemanha (13%), Suíça (13%), Itália (8,1%), Bélgica (6,6%) e Índia (5,6%).
Como é feita a exportação de cacau?
Da matéria-prima em seu estado mais natural, “cacau em pó, manteiga ou pasta de cacau”, o Brasil exportou 50 mil toneladas em 2024.
Os principais destinos do produto foram Argentina (46%), Holanda (16%), Estados Unidos (16%), Chile (9,4%) e Canadá (3%).
Em relação à categoria de “chocolate e outras preparações alimentícias contendo cacau” no mesmo ano, as exportações brasileiras totalizaram US$ 175 milhões.
Os principais destinos foram Argentina (21%), Chile (9%), Uruguai (8,9%), Paraguai (8,8%), Arábia Saudita (7,6%) e Estados Unidos (6,4%).
Principais países importadores e exportadores de cacau
Por fim, vamos conferir os países com maior participação na importação e exportação de cacau.
Mais de 70% de todo o cacau produzido mundialmente é oriundo da África, sobretudo da Costa do Marfim e Gana.
Uma vez que tais países detenham grande parcela da produção, é natural que uma queda em sua oferta provoque um aumento de preços observado internacionalmente.
Em contrapartida, os principais países importadores do cacau – em análise per capita – estão localizados na Europa, posição que perdura há mais de 100 anos.
Falando individualmente de cada um dos países, os principais importadores são: Suíça, Áustria, Estônia, Irlanda, Alemanha, Reino Unidos e Noruega.
Como importar bacalhau
Além do chocolate, o bacalhau também é um alimento de alto consumo durante o período de páscoa, principalmente durante a semana santa devido às tradições cristãs.
Para importar bacalhau, é necessário seguir uma série de requisitos aduaneiros e sanitários. Primeiro, identifique fornecedores confiáveis em países exportadores, como Noruega, China e Portugal. Em seguida, é crucial se certificar que a mercadoria atenda às exigências sanitárias brasileiras, incluindo registros no Ministério da Agricultura. O produto deve estar classificado corretamente na NCM e sujeito ao pagamento de tributos, como o IPI, II, PIS, Cofins e ICMS.
Consultamos então a plataforma da Logcomex para entender um pouco mais sobre o mercado de importação desse peixe. Confira o que descobrimos através da Inteligência Artificial da Logcomex:
Quantidade total importada em 2024: aproximadamente 25,063 milhões de unidades.
Valor FOB total: Aproximadamente US$ 154,1 milhões.
Os principais países de origem do bacalhau importado foram:
- Noruega: Com um valor FOB de aproximadamente US$ 110,8 milhões.
- China: Com um valor FOB de aproximadamente US$ 29,0 milhões.
- Portugal: Com um valor FOB de aproximadamente US$ 11,3 milhões.
Alguns dos códigos NCMs relacionados à importação de bacalhau pelo Brasil são:
03036300 - Bacalhau-do-Atlântico e Bacalhau-do-Pacífico, congelado
03055100 - Bacalhaus (Gadus) secos, mesmo salgados, mas não defumados
03056200 - Bacalhau-do-Atlântico (Gadus mohrua), Bacalhau-da-Groelândia (Gadus ogac) e Bacalhau-do-Pacífico (Gadus macrocephalus) salgados, não secos, não defumados, salmoura
03053210 - Filés de bacalhau, secos, salgados, em salmoura, não defumado
03047100 - Filé de bacalhau do Atlântico, da Groelândia e do Pacífico, congelado
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Importação de bacalhau seco e salgado: tem que pagar IPI?
O Imposto sobre Produtos Industrializados, mais conhecido pela sua sigla IPI, incide sobre grande parte das importações brasileiras. Mas, afinal, a importação de bacalhau seco e salgado terá a incidência desse imposto? Ele é considerado um produto industrializado?
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E a resposta é: Sim! Segundo uma decisão do STF, as importações de bacalhau salgado e seco obrigam o recolhimento do IPI por caracterizar o produto como industrializado
Expectativas 2025
Segundo uma pesquisa divulgada pela Reuters, a expectativa para 2025 é que os preços do cacau caiam em quase 1/3 até o final do ano. Em abril de 2024, os preços do produto subiram para um recorde de quase £10.000 por tonelada.
No entanto, a oferta de cacau está aumentando em todo o mundo, contribuindo para o equilíbrio dos preços. Espera-se que o cacau em Londres termine 2025 em £5.500 por tonelada métrica, 37% abaixo do final de 2024.
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