Nos dias 13 e 14 de setembro, ocorreu a 3ª edição da Logística do Futuro. O evento presencial teve lugar no World Trade Center São Paulo.
A feira — considerada a maior do segmento no mercado brasileiro — trouxe mais de 50 nomes de peso do setor, com participação de representantes de empresas como Mercado Livre, FedEx, Amazon, FGV, Google, LATAM, iFood, DHL, Heineken, AMBEV, Pepsico, Totvs e muitas outras.
No artigo de hoje, confira os principais destaques da Logística do Futuro 2022. Acompanhe!
Na primeira palestra da Logística do Futuro os participantes — Aline Ribeiro, Managing Director da Accenture Brazil; Fernando Martins, Head de Logística do iFood e Rafael Caldas, Country Leader Logistics da Amazon — debateram sobre a necessidade da quebra de paradigmas para que a inovação faça sentido nas empresas.
“O custo da inovação é muito menor do que não inovar”
Aline Ribeiro – Managing Director Accenture Brasil
Para eles, embora o tema esteja sendo bastante discutido, cerca de 55% das empresas ainda estão na fase de entendimento sobre o que é inovação e como aplicá-la ao seu negócio.
Ainda segundo os palestrantes, em setores mais tradicionais — como embarcadores — a estrutura voltada à inovação ainda é tímida.
É preciso quebrar o paradigma sobre a inovação. É preciso testar e dar liberdade para o teste. A alta liderança precisa colocar isso em pauta e abrir caminhos”.
Aline Ribeiro – Managing Director Accenture Brasil
Mesmo assim, nos últimos 5 anos os investimentos em inovação cresceram 80% porque as empresas encontraram valor na estratégia.
“Sem dúvidas a inovação é a saída, você inovar no core ajuda a se manter no mercado. Negócios, tecnologia e outros times precisam atuar juntos para testar e errar rápido”
Em relação aos desafios nas iniciativas de inovação, os palestrantes comentaram que 60% delas leva cerca de um ano para ser executada — representando uma grande demora.
Os participantes ressaltaram que, para conseguir viabilizar a inovação, é preciso entender que ela faz parte do jogo e se estruturar — inclusive considerando a rotatividade dos talentos.
Os palestrantes também compartilharam algumas dicas em seu painel da Logística do Futuro para as empresas inovarem em suas operações:
“Os líderes são orientados a resultado. A mensuração do impacto em eficiência e custo é crítico para você continuar a ter a perenidade da liderança. O que precisa para a empresa inovar? Mensuração, governança, gestão de portfólio de inovação para mostrar os incentivos financeiros que estão gerando”.
Aline Ribeiro — Managing Director Accenture Brasil
Os debatedores também ressaltaram a importância de prestar atenção na gestão da malha logística, processos, pessoas e last miles.
“O last mile representa 30, 50% do custo operacional dependendo da região. Tem como melhorar isso com tecnologias simples. Hoje, o motorista espera 10 minutos para o carregamento. E não mais 8 horas, como antes. Ele ganha produtividade de rota e o cliente recebe mais rápido”.
Rafael Caldas — Country Leader Logistics Amazon
Durante esta palestra da Logística do Futuro, também foram comentadas as questões relacionadas ao segmento no Brasil envolvendo sua complexidade.
Sobre o tema, Rafael opinou que, na logística — apesar das dificuldades — o Brasil tem muitas oportunidades por contar com um pool de mão de obra que nem mesmo os EUA têm, e precisamos encontrar uma maneira inteligente de utilizá-la.
Sobre a customização da oferta, ele afirma:
“Existem muitas oportunidades no Brasil, mas eu vejo um efeito manada com empresas utilizando processos de 10, 15 anos atrás. Temos que pensar diferente, olhar para o problema como oportunidade”.
Os principais pontos comentados ao longo deste painel da Logística do Futuro foram:
Neste painel da Logística do Futuro — composto por Henrique Borges, Diretor de Compras da Danone e Priscila Miguel, professora e Pesquisadora da FGV — a nacionalização foi abordada como o principal ponto a ser observado e colocado em prática pelas empresas o quanto antes.
Outra questão levantada como extremamente importante envolve a previsibilidade.
Neste sentido, para os participantes, quando se fala de planejamento, temos que buscar reduzir as incertezas utilizando a previsibilidade, além de realizar o monitoramento das variáveis.
Os palestrantes comentaram, ainda, que as empresas devem ter os processos bem mapeados e definidos para conseguir se antecipar perante todos os cenários e poder agir com mais rapidez e proatividade.
Além de se utilizar da estatística aplicada e o machine learning nas operações para correlacionar dados e contar com informações mais acuradas.
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Revelaram, por fim, existir uma tecnologia não muito nova mais extremamente importante: a pesquisa operacional aplicada. Um recurso que se mostra muito eficaz e contribui para endereçar a capacidade das cadeias complexas e integradas.
Nesta palestra da Logística do Futuro — Magali Aquino, Digital Operations Manager do Grupo Big – Brasil; Altamir Borba, Especialista de Logística da Totvs; André Alarcon, CEO da BBM Logística Leandro Bassoi, COO Tul — debateram sobre como transformar os desafios da logística em oportunidades usando a tecnologia.
“Ainda tem muito espaço para trabalhar a tecnologia na logística. Tem abertura significativa para otimização da logística no Brasil”
Altamir Borba, Especialista de Logística Totvs
Sobre os critérios estratégico para o roadmap de tecnologia, Altamir pontuou como principais destaques:
Como principais desafios, os participantes apresentaram, em sua palestra na Logística do Futuro:
Além disso, também pontuaram onde é possível evoluir:
Esta palestra da Logística do Futuro também abordou a questão dos talentos em relação à tecnologia e ao âmbito operacional. Neste sentido, André afirmou:
“Estamos em um momento pós revolução das startups onde cada empresa quer produzir sua própria tecnologia. Se os seus processos não forem bons, não forem racionais, não há padrão e produtividade. Pessoas capacitadas, sistemas bons e organização de processos, são pilares a serem seguidos”
André Prado BBM Logística
Sobre a relação entre contratante e contratado — isto é, entre cliente e operador — André comentou:
“Contratante e contratado trabalham com ótica própria. Isso é um erro. Há pouco pensamento fora da caixa. A tecnologia vai mudar isso: o cliente diz o que precisa e o operador busca a melhor solução para a dor do cliente. Acreditamos na indústria trabalhando em conjunto com o fornecedor direto. A busca agora é por melhores soluções e a tecnologia vai ajudar muito nisso”.
Neste painel da Logística do Futuro — que reuniu Sidney Anegue, Senior Manager Supply Chain da FedEx Express; Maria Fernanda Albiero, Product Manager da Natura e James Barroso, Go To Market Director da LATAM — o tema foi a automatização de processos, a sustentabilidade e a necessidade de visibilidade sobre os dados que geram insights para as empresas.
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Para os palestrantes, a visibilidade da informação é o novo petróleo — já que ter dados e informações para basear a tomada de decisão na perspectiva governamental e empresarial tem altos impactos.
“Os dados só fazem sentido para quem tem caminhos, propósitos e valores definidos. Sem isso, não faz sentido. Qualquer caminho serve”
James Barroso — Go To Market Director LATAM
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Além disso, ao longo de sua fala na Logística do Futuro, os participantes apontaram que a visibilidade traz uma melhora significativa em todos os processos:
Por fim, James encerrou comentando sobre a escalabilidade e tangibilização, afirmando que essas são duas estratégias que todas as empresas deveriam pensar ao executar qualquer iniciativa.
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Nesta palestra da Logística do Futuro — com participação de Thiago Fernandes Dantas Vasconcellos, gerente de operações e last mile da Liv Up e Patrícia Bello, gerente de logística e distribuição das Lojas Americanas — o tema foram os desafios e oportunidades no last mile.
Os principais pontos deste debate da Logística do Futuro foram:
Os palestrantes também apresentaram algumas sugestões de tecnologias para o last mile:
Porém, para Patrícia:
“Antes da ferramenta, é preciso ter um processo bem estabelecido e bem mensurado para poder utilizar a solução com mais eficácia”
Neste painel do 2º dia de palestras da Logística do Futuro, Fernando Zimmerman — Consultor de Processos de Indústria da LATAM, Dassault; Henrique Borges — Diretor de Compras da Danone e Priscila Miguel — Professora e Pesquisadora da FGV, debateram sobre o cenário geopolítico deste ano.
Ao longo da palestra, os debatedores pontuaram sobre temas envolvendo:
Além disso, Priscila falou sobre a gestão com prioridade, no sentido de ter inteligência para lidar com as diversas incertezas. Como, por exemplo: eleição, guerra, pandemia, riscos e variabilidades externas.
“É preciso entender a cadeia e quais atores que possuem gargalos na cadeia. Onde meus fornecedores, clientes e minhas operações estão. Como faço para antecipar o que está vindo? É preciso tentar captar sinais de que algo irá ocorrer e pensar no que posso preparar minha organização para agir mais rápido.”
Além disso, outro ponto abordado foi quais aprendizados podem ser extraídos de situações incomuns/incertas.
Neste sentido, os palestrantes apontam a importância de entender como usar o processo pelo qual se passa para lidar com crises futuras.
Por fim, em relação à garantia do estoque, Henrique falou sobre a importância da otimização de processos, predição e antecipação de riscos através do uso rotineiro de recursos como o machine learning.
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Ao longo de todas as palestras da Logística do Futuro, ficou evidente a associação entre futuro e tecnologia.
E faz sentido: é praticamente impossível pensar em um futuro sem a tecnologia para garantir não mais a competitividade apenas, mas o funcionamento das empresas e sua sobrevivência em um mercado cada vez mais volátil, incerto, complexo e ambíguo.
Quando se fala em operações internacionais, essa é uma verdade inquestionável. Afinal, o número de atores envolvidos nos processos é multiplicado e a complexidade afeta absolutamente tudo.
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