De janeiro a dezembro de 2023, o Brasil registrou um recorde de exportações no valor de 339,7 bilhões de dólares. O que representa um aumento de 1,7% em relação ao ano anterior. Esse resultado reflete a expansão das exportações, 10 vezes maior que a média mundial, e o recorde de 28.500 empresas exportadoras e desperta a curiosidade em saber exatamente o que o Brasil mais exporta.
Em contrapartida, as importações registraram uma queda significativa de -11,7%, totalizando US$ 240,83 bilhões. Contudo, essa redução no valor FOB não corresponde proporcionalmente à diminuição no volume, que foi de apenas 2,6%. Este fenômeno está relacionado à queda dos preços dos produtos importados e esse cenário contribuiu para um superávit recorde de US$ 98,84 bilhões.
Comemorado em conjunto com o dia do comércio exterior, o dia do exportador procura reconhecer e celebrar este profissional tão importante para o desenvolvimento econômico do país e para as relações comerciais internacionais. De fato, os exportadores desempenham um papel vital na economia global por várias razões:
Um dos principais fatores que impulsionaram esse crescimento é o Programa Portal Único de Comércio Exterior, projeto iniciado em 2014 responsável pela modernização e desburocratização nas importações e exportações brasileiras. A sua implementação deve trazer um aumento de US$ 51,8 bilhões em exportações em 25 anos, com a redução de custos e de prazos nos procedimentos aduaneiros.
O mercado brasileiro de exportação está bastante aquecido, por isso é importante entender quais são os principais produtos que o Brasil exporta e, portanto, está alavancando estes resultados. Considerando os dados entre janeiro e dezembro de 2023, são os que listamos abaixo. Ao longo do texto, iremos abordar aspectos específicos de cada um. Boa leitura!
Em primeiro lugar do que o Brasil mais exporta vem o agronegócio com a soja. Como o maior produtor mundial de soja, o país exporta para mercados como, por exemplo, a China (destino de 73% das exportações), a Argentina (com participação equivalente a 3,8%) e a Espanha (que foi o destino de 2,7% dos grãos).
O produto foi introduzido no Brasil em 1901 e sua expansão iniciou em 1970 com a ampliação da indústria de óleo. Em 2023, entre janeiro e dezembro, foram exportados US$ 53,2 bilhões deste grão. A produção efetiva a geração de milhares de empregos, diretos ou indiretos no campo. Além disso, desenvolve e melhora a qualidade de vida no interior do país.
A exportação de óleos brutos de petróleo é o segundo colocado entre os produtos que o Brasil exporta, alavancando a indústria extrativista. Mais especificamente, entre janeiro e dezembro de 2023, o insumo totalizou US$ 42,5 bilhões em vendas para o exterior. Aliás, em janeiro de 2023, a produção brasileira de petróleo alcançou um resultado mensal recorde de 3,27 milhões de barris por dia!
No mercado internacional o Brasil se destaca com o petróleo, representando 3% do mercado global. Há algumas décadas, o país ampliou suas exportações — principalmente após a descoberta do petróleo no pré-sal — e dessa maneira passou a ser autossuficiente nesse insumo para atender a sua demanda interna.
O minério de ferro e seus concentrados é outro exemplo do que o Brasil mais exporta, favorecido sobretudo pela variação cambial. O produto sem dúvida tem uma grande importância para a economia brasileira. De fato, no período, foram exportados US$ 30,5 bilhões do insumo. Sendo que cerca de 57,9% das exportações são destinadas à China, 5,90% para Malásia, 4,46% para o Japão e 3,59% para Omã.
O açúcar é o principal produto exportado no setor sucroalcooleiro. São considerados como outros açúcares lactose, maltose, glicose e frutose. De janeiro a dezembro de 2023, o país exportou 27 milhões de toneladas destes açúcares. O principal destino das exportações de açúcares de cana brasileira é a China. No período de janeiro a dezembro, foram exportados US$ 15,8 bilhões do insumo.
As perspectivas para a próxima safra são promissoras, ressaltando-se que o fenômeno climático El Niño pode potencialmente afetar essas estimativas, com probabilidades de 84% para intensidade moderada e 56% para intensidade forte, conforme indicado pela Administração Nacional Oceânica e Atmosférica (NOAA). O El Niño já está exercendo influência sobre as condições climáticas.
Novamente, o agro mostra sua força com mais um dos seus produtos na lista do que o Brasil mais exporta, dessa vez com o milho não moído, exceto milho doce. Foram US$ 13,6 bilhões exportados, 4,1% do total exportado em 2023. Os destinos principais foram China, Japão e Vietnã. Atualmente o 3º maior produtor da commodity, prevê-se que o país ultrapasse os EUA na exportação do insumo nos próximos 2 ou 3 anos.
Quando o assunto é o que o Brasil mais importa, os farelos de soja e outros alimentos para animais não podem ficar de fora. A produção do insumo ocorre a partir da moagem de flocos de soja descascada e desengordurada e seu uso — como o nome já sugere — se dá principalmente na ração para animais, devido sobretudo, ao seu alto teor de proteínas (que giram em torno de 43% a 48%).
A saber, até dezembro de 2023 foram exportados aproximadamente US$12,2 bilhões desse produto. Em se tratando dos principais destinos das exportações do Brasil deste insumo, os que se destacaram foram a Indonésia (16%), a Tailândia (13%), a Alemanha (8%), a Polônia (7,4), os Países Baixos (Holanda — 7,3%) e a França (6,8%).
Na quarta posição da lista dos produtos que alavancam as exportações do Brasil figuram os óleos combustíveis de petróleo ou de minerais betuminosos (exceto óleos brutos), que representaram 3,32% das exportações. Totalizando US$ 11,3 bilhões. Os destinos dos insumos foram principalmente Singapura (42%), Estados Unidos (11%) e Países Baixos (Holanda — que comprou US$ 462 milhões dos produtos).
O Brasil não somente é um dos maiores produtores como também lidera como principal exportador de carne bovina no cenário mundial. A demanda crescente e estagnação de outros países no setor mostram uma projeção de 29% em participação até 2030, o que transformaria nosso país no maior exportador do mundo.
Não é à toa que o produto figura na lista do que o Brasil mais exporta: foram 286,64 mil toneladas de carne in natura exportadas só no primeiro trimestre de 2023. A China segue como o principal destino das exportações, seguida pelo Chile (5,1%) e pelos Estados Unidos (4,9%). No período, exportou-se US$ 9,5 bilhões da proteína animal.
Até dezembro de 2023, as exportações de carnes de aves e suas miudezas comestíveis, frescas, refrigeradas ou congeladas cresceram 5% em relação a 2022, totalizando aproximadamente US$ 9 bilhões. Sendo que os países de destino foram principalmente a China (com representatividade de 15,1%), Japão (com 10,6%) e Arábia Saudita (destino de 9,53% das exportações da proteína animal).
Na 9ª posição do que o Brasil mais exporta figuram também os produtos da indústria da transformação — entre eles, produtos semi-acabados, lingotes e outras formas primárias de ferro ou aço (71,3%). O acumulado nas exportações entre janeiro e dezembro de 2022 soma o valor de US$ 9 bilhões, representando uma participação de 2,7% nas exportações totais do país no período.
A exportação brasileira possui forte relação comercial com os grandes mercados internacionais, sendo um país em crescimento e com um cenário favorável para ampliar ainda mais suas exportações. Os 10 principais destinos das exportações até dezembro 2023 em valor FOB exportado por ordem representativa foram, a saber:
O aquecimento do mercado de exportação é alavancado por uma série de fatores, como a globalização, avanços tecnológicos, acordos comerciais internacionais e mudanças nas preferências do consumidor. Conforme as empresas buscam expandir além das fronteiras nacionais, a competição no mercado global se intensifica, tornando vital o uso de recursos tecnológicos para ganhar destaque e eficiência.
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