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Riscos regulatórios: como a IA pode ajudar aanalisar

Written by Redação Logcomex | 22.5.2025

Neste artigo, abordaremos alguns aspectos práticos sobre a aplicação da inteligência artificial de forma a minimizar os riscos regulatórios da importação.

Afinal, a inovação colabora para a eficiência de qualquer atividade e isso é inegável, não é mesmo?

No entanto, já faz um tempo que a busca pelo equilíbrio entre a fiscalização e a desburocratização tem gerado certa polêmica. Isso porque a gestão de risco na importação deve existir ao mesmo passo em que a facilitação do comércio exterior se faz cada dia mais necessária.

Esperamos que, ao término da leitura, você, como profissional de comércio exterior ou suprimentos, obtenha valiosos insights para o seu dia a dia. Boa leitura!

O que são riscos regulatórios na importação?

Na esfera do comércio exterior, os riscos regulatórios que o importador corre estão ligados à normas/regulamentos ou exigências de órgãos anuentes.

Por exemplo, uma empresa que importa componentes eletrônicos pode ser afetada se o Inmetro alterar a necessidade de licença de importação ou procedimentos de análise, como testes homologados.

Neste caso, a ausência de licenciamento é um risco regulatório que poderia não estar contemplado na esfera de responsabilidade do importador porque a legislação foi alterada. Tal situação pode acarretar em perdas significativas que vão desde a retenção de carga na aduana por um longo período, aplicação de multas, até o perdimento da carga ou exigência de reexportação. Esse tipo de infração é grave e compromete o fluxo logístico e a matriz de custo da operação.

Sendo assim, podemos afirmar que os riscos regulatórios são ameaças porque não dependem do microambiente, mas do macroambiente ao qual a empresa importadora pertence.

Os limites da análise humana e do processo manual

Processos manuais são mais suscetíveis a erros, lentidão e falta de padronização, e isso é fato, e isso pode certamente comprometer o fluxo de qualquer operação. É por isso que se considera o Novo Processo de Importação um enorme avanço para a aduana brasileira e todo o ecossistema de comércio exterior.

Neste sentido, vale esclarecer o papel da DUIMP (Declaração Única de Importação) e do Catálogo de Produtos que representam uma mudança importante na gestão das importações no Brasil. Eles permitem a centralização das informações sobre produtos importados em um único banco de dados. Para entender melhor sobre a relação entre a DUIMP e o Catálogo de Produtos, clique aqui e leia nosso artigo sobre o assunto na íntegra.

De acordo com um relatório publicado pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), a implementação eficaz de práticas de gestão de risco por meio da tecnologia é fundamental para modernizar os processos de comércio exterior.
O estudo destacou que, apesar dos avanços, ainda há desafios significativos! Situações como limitações dos processos manuais, sobretudo da falta de coordenação entre os diversos órgãos anuentes, como Anvisa, Ibama, Inmetro,
MAPA, entre outros, é um dos problemas apontados.

Como a inteligência artificial atua na previsão de riscos regulatórios

De forma geral, nem sempre é possível evitar os riscos regulatórios, mas certamente sempre é possível minimizá-los.

É possível igualmente sanar outros riscos, como os erros de digitação. É o caso do preenchimento da DI (Declaração de Importação), que implica na imputação de dados repetidos em diversas plataformas desconectadas entre si. Neste contexto, a Declaração Única de Importação (DUIMP) é a maior evidência de como a tecnologia pode minimizar riscos no comércio exterior. Essa era uma das maiores dores dos importadores, despachantes aduaneiros e de todo o ecossistema do comércio exterior.

A inteligência artificial permite o processamento automático de dados e, por isso, é possível minimizar alguns riscos. A antecipação de problemas logísticos ou até mesmo a reprogramação de etapas da produção que dependem de itens
importados são exemplos.

Veja, a seguir, alguns exemplos de aplicação da inteligência artificial em operações de comércio exterior.

Exemplos de aplicação da IA no comércio exterior

Do ponto de vista da fiscalização, podemos citar a parametrização de cargas pela Receita Federal do Brasil, que acontece por meio do Sisam. Atualmente ele se baseia em inteligência artificial para impulsionar as análises aduaneiras e está num
patamar de uso de sistemas inteligentes capazes de processar grandes volumes de informação. Mas tudo começou com a digitalização de documentos.

O sistema Classif é uma ferramenta que foi desenvolvida a partir de IA com o objetivo de reunir informações sobre as NCMs, além de dados sobre tratamento tributário e administrativo no comércio exterior. Isso quer dizer que a inteligência
artificial pode ser treinada para realizar leituras e processamentos automáticos das informações de mercadorias importadas a partir de documentos formais de importação, facilitando a classificação fiscal.

Outra questão bastante latente é a necessidade que o importador tem para realizar a gestão de grandes volumes de dados para otimizar custos logísticos. Certamente é impossível realizar isso de maneira humana e de forma rápida. Por isso a inteligência artificial se mostra uma grande aliada na elaboração do planejamento de importação. Além de gerenciar estoques de forma preditiva, é possível otimizar rotas de transporte e prever gargalos logísticos por meio de análise preditiva.

Para mais exemplos, acesse nosso artigo sobre Inteligência Artificial no Comércio Exterior aqui!

Benefícios de usar IA no processo de importação

  • Redução de erros manuais: A IA automatiza o preenchimento e verificação de documentos, minimizando falhas humanas e garantindo maior aderência às exigências legais.
  • Acompanhamento de mudanças normativas: É possível criar agentes autônomos de IA capazes de monitorar mudanças na legislação e demais atualizações regulatórias com o objetivo de adequação rápida às novas exigências de órgãos anuentes.
  • Ajuste de processos operacionais: A inteligência artificial pode configurar rotinas de forma a evitar retrabalhos ou gargalos que podem gerar atrasos no desembaraço aduaneiro, colaborando assim, para a eficiência na gestão das importações.
  • A visibilidade completa de ponta a ponta é uma realidade para quem utiliza o LogManager
  • Nosso time trabalha desenvolvendo soluções pautadas na tecnologia para agilizar processos de importação e evitar riscos regulatórios.
  • Com o LogManager, você poderá trabalhar com dados centralizados para controlar embarques internacionais e automatizar tarefas operacionais.
Se você deseja mais clareza nas informações apresentadas para a Aduana ou até mesmo para nortear o planejamento de importação, solicite uma demonstração do Logmanager aqui!