Valorização de frutas compensa queda no volume de exportações

O volume de exportações da fruticultura brasileira caiu em 2024, mas a valorização do preço médio das frutas brasileiras no mercado internacional contribuiu para equilibrar o quadro.

De acordo com números do Agrostat, do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), que incluem nozes e castanhas, o peso líquido total das vendas externas do setor, recuou de 1,1 milhão de toneladas em 2023 para 1,09 milhão de toneladas no ano passado (-1,3%).

Já o valor total das exportações subiu 2%, de US$ 1,35 bilhão (FOB) para US$ 1,38 bilhão na comparação anual.

Entre as frutas mais exportadas pelo Brasil no ano passado, segundo dados da Logcomex, estão mangas (NCM 0804.50.20), que somaram US$ 349,9 milhões em vendas ao exterior, alta de 11% em relação a 2023; limões (NCM 0805.50.00), que totalizaram US$ 195,1 milhões (+12%) e melões (NCM 0807.19.00), que alcançaram US$ 185,2 milhões (-2%).

O principal destino internacional da fruticultura brasileira em 2024 foram os Países Baixos, responsáveis por 42% de todas as exportações brasileiras de frutas. Na sequência vieram Reino Unido (15%), Espanha (12%), Estados Unidos (10%) e Argentina (4%).

Já os estados produtores que mais exportaram no setor foram Pernambuco (25%), Bahia (19%), Rio Grande do Norte (17%), São Paulo (16%) e Ceará (10%).

Embora não esteja entre os principais exportadores do setor, o Brasil ocupa o terceiro lugar no ranking mundial de produção de frutas, atrás apenas da China e da Índia, segundo o Mapa.

No ano passado, o Brasil conquistou uma série de novos mercados para a exportação de frutas, como os de abacate Hass para o Japão, de uvas frescas para a China, de bananas e nozes para a União Econômica Euroasiática (UEE) e de maçãs para o Peru.