A produção e exportação de frango impactam a economia nacional de maneira positiva e é por isso que os investimentos neste segmento não param, afinal o Brasil é líder global em agronegócio e é preciso de muito trabalho para manter esta posição de destaque.
Pensando nisso (e para comemorar o dia da avicultura), ao longo deste artigo compartilharemos insights valiosos para empresas e investidores do setor avícola. Tenha uma boa leitura!
A avicultura brasileira se destaca como uma das atividades, certamente, mais importantes do agronegócio em nosso país.
Hoje, o país responde por cerca de 15% de toda a carne de frango produzida no mundo e por mais de 40% das exportações globais. Além disso, a cadeia produtiva do frango gera milhares de empregos no Brasil e movimenta bilhões de dólares ao ano.
Não é à toa que o Brasil é um dos maiores produtores e exportadores mundiais de carne de frango.
O clima tropical é favorável para a criação de aves e há muita terra disponível para plantar grãos como milho e soja, usados para ração animal.
Além disso, os produtores brasileiros investiram pesado em tecnologia de ponta, manejo eficiente e medidas sanitárias rígidas para as aves.
As granjas brasileiras são supermodernas, com aviários climatizados e processos automatizados.
As aves são cuidadosamente melhoradas geneticamente para ganhar peso e converter ração em proteína de forma eficiente, ao passo que os protocolos sanitários rigorosos previnem e controlam doenças.
Por fim, o Brasil conquistou mercados muito exigentes na Europa, Ásia e Oriente Médio.
A criação de frangos no Brasil era pequena e operada com pouca técnica até as décadas de 1960 e 1970, quando o setor deu um salto gigantesco. Isso porque, com apoio do governo da época, novas tecnologias e técnicas modernas de criação começaram a ser adotadas pelos produtores brasileiros.
Entre as mudanças, buscou-se raças mais produtivas de outros países e práticas avançadas de nutrição, sanidade e automação passaram a ser usadas nas granjas.
Na década de 1970, com o aumento da renda dos brasileiros, a demanda por proteína animal cresceu rapidamente. O frango virou uma alternativa barata e nutritiva frente à carne bovina e suína.
Assim, grandes empresas surgiram e aumentou-se muito a escala de produção, integrando pequenos produtores rurais.
Em seguida, granjas automatizadas se expandiram rapidamente, e a genética das aves melhorou bastante. Tudo isso fez a oferta interna de frango decolar.
Em pouco tempo, essa expansão acelerada transformou o Brasil, que saiu de um papel de importador, para ser um dos maiores exportadores globais de carne de frango.
Hoje, o setor responde por mais de 25% de toda a receita gerada pelo agronegócio do país, mostrando sua importância para a economia brasileira.
Leia também: Agronegócio: dados da importação e exportação brasileiras
A avicultura brasileira é reconhecida mundialmente por sua excelência e alto nível de competitividade. As principais empresas do setor têm estrutura e capacidade de produção enormes, dominando o mercado interno e atendendo a uma demanda internacional cada vez maior por frango brasileiro.
De acordo com a pesquisa IBGE realizada em 2022, o Brasil hoje é o segundo maior produtor global de carne de frango, atrás apenas dos Estados Unidos, e também é o maior exportador mundial.
O relatório indica que no ano de 2021/2022, o país produziu cerca de 13 milhões de toneladas de carne de frango e exportou mais de 4,5 milhões de toneladas.
O setor é dominado por grandes companhias verticalizadas, que controlam todo o processo de produção integradas com milhares de produtores rurais.
Elas investem pesado em alta tecnologia e operam com enorme escala para manter custos baixos.
As granjas brasileiras têm aviários high-tech que alojam até 500 mil frangos por vez. A genética aprimorada faz com que os frangos atinjam peso ideal para abate em apenas 45 dias.
Outra vantagem do Brasil é que nossas aves são super saudáveis, livres das principais doenças que afetam “rebanhos”, ou bandos, em outros países. Protocolos rígidos de biosseguridade mantêm o país praticamente livre da gripe aviária.
Esse cenário coloca o Brasil como líder global da avicultura, como mencionamos anteriormente. A tendência é de continuidade do forte crescimento, impulsionado por ganhos de produtividade e acesso a novos mercados externos.
A avicultura do Brasil tem tudo para expandir ainda mais sua participação no mercado global. Nossos produtores têm expertise no setor e conseguem se adaptar bem às demandas do mercado. Além disso, o clima tropical favorece o bem-estar e a produtividade das aves.
O Brasil deve seguir como protagonista global da avicultura nas próximas décadas.
As exportações tendem a crescer bastante, porque países populosos como China, Oriente Médio e Sudeste Asiático estão consumindo cada vez mais proteína animal, como o frango brasileiro.
As granjas nacionais estão constantemente adotando inovações em automação, manejo, nutrição e biosseguridade. Isso deve aumentar ainda mais a produtividade e a qualidade do frango produzido aqui.
Novos investimentos em melhoramento genético igualmente trarão aves mais eficientes na conversão alimentar, com menos impacto ambiental. E, nesse sentido, a sustentabilidade será uma grande vantagem do frango brasileiro.
A expertise do Brasil em sanidade aviária também é crucial, porque doenças como a gripe aviária afetam rebanhos em várias partes do mundo. Tudo indica que o nosso status sanitário invejável abrirá novos mercados para a carne de frango nacional.
O Brasil é um gigante na exportação de frango. Nossas aves estão presentes em mais de 150 países, consolidando o Brasil como maior exportador mundial dessa proteína.
Em 2022, foram embarcadas 4,8 milhões de toneladas de carne de frango brasileira, gerando US$ 9,7 bilhões de receita. Os principais destinos são China, Japão, Emirados Árabes, Arábia Saudita e União Europeia.
Essa liderança se deve aos maciços investimentos em sanidade aviária, melhoramento genético das aves e tecnologias avançadas de produção.
As granjas brasileiras trabalham, em larga escala, com automação impressionante e custos altamente competitivos.
O reconhecimento do frango brasileiro é mundial por sua saborosa carne, macia e suculenta. Nosso clima tropical favorece o bem-estar e o rápido desenvolvimento das aves.
Além disso, os rigorosos controles sanitários garantem total segurança alimentar do produto exportado.
Mesmo enfrentando algumas barreiras sanitárias pontuais devido a surtos de gripe aviária, o Brasil tem conseguido diversificar cada vez mais seus destinos de exportação, reduzindo riscos. Países asiáticos e do Oriente Médio lideram as importações.
A expectativa é, certamente, de continuidade do expressivo crescimento das exportações, com a abertura de novos grandes mercados consumidores em países em desenvolvimento.
Afinal, com sua excelente qualidade e custos competitivos, o Brasil se consolida como maior fornecedor global de carne de frango.
Atualmente, a exportação brasileira de frango e aves é a 7ª no ranking das exportações totais (de janeiro a julho de 2023), representando uma participação de 2,84%.
Sendo que as principais NCMs exportadas foram as seguintes:
No total, o Brasil exportou +US$ 55 milhões em carne de frango e aves, representando +2 milhões de toneladas.
Em relação ao mesmo período do ano anterior, a variação do FOB representou um aumento de 7,6%, enquanto que em peso exportado, o crescimento foi de 9,9%. Além disso, o preço também caiu 2% em relação a 2022.
Em relação ao mesmo período do ano passado (janeiro a julho de 2023), os números representam um aumento de 7,6% no valor FOB e 9,9% no peso exportado.
A exportação brasileira de frango e aves é direcionada, principalmente, para a Ásia, especialmente China, Japão e Coreia do Sul.
Sendo que a tendência é que aumente ainda mais a compra com este destino, uma vez que o Japão derrubou sua restrição à importação de carne de frango brasileira.
Outros compradores em destaque estão localizados no Oriente Médio, mais especificamente nos Emirados Árabes Unidos, na Arábia Saudita e no Iraque.
A exportação brasileira de frango e aves se concentra, em sua maioria, na região Sul do Brasil — sobretudo no Paraná.
A principal porta de saída da exportação brasileira de frango e aves, sem surpresa, é o porto de Paranaguá. Seguido por Itajaí, porto de São Francisco do Sul, porto de Santos e porto do Rio Grande.
Principais modais de transporte
Em se tratando de modais de transporte da exportação brasileira de frango e aves, o principal é, disparado, o marítimo.
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