2020 foi repleto de desafios e, para muitos negócios, a pandemia jogou um balde de água fria em diversas estratégias empresariais. No comércio exterior, esse cenário não foi diferente. Afinal, o epicentro inicial da Covid-19 foi o país que mais exporta no mundo todo. Mas, diante de todos os acontecimentos, qual foi o balanço de 2020? Melhor ainda: quais são as expectativas para 2021 na importação?
É claro que, se fosse possível prever os acontecimentos futuros com precisão, muitos problemas teriam sido evitados ainda em 2020.
Por isso, este artigo do blog da Log traz uma reflexão sobre os impactos causados pela Covid-19 em 2020 e também sobre as tendências para 2021 no comércio exterior! Olha só:
2020: reflexos da pandemia no comércio exterior
O ano começou com otimismo no segmento. Empresas atingiram ótimos números nos três primeiros meses do ano, porém, com o início da propagação da doença, a China paralisou suas atividades.
O início da quarentena e do isolamento social no país asiático ainda significava uma pequena parcela do cenário que estava por vir.
Em março, essa realidade se instaurou no Brasil. As atividades na China começaram a ser retomadas, porém, o terceiro mês do ano foi marcado pelo início da pandemia no país.
Com isso, houve o fechamento do comércio e a paralisação da indústria.
A importação é, praticamente, um reflexo da produção interna. Portanto, sentiu o impacto: um estudo realizado pela Logcomex apontou que, até outubro, o setor movimentou 18% a menos de valor FOB acumulado do que nos 10 primeiros meses de 2019.
No dia 3 de dezembro, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou dados que ilustram uma grande queda nas importações brasileiras no terceiro trimestre do ano — 25% a menos em comparação ao trimestre anterior.
Segundo Carlos Souza, COO da Logcomex, a pisada de freio nas importações e na produção interna afetou o mercado de matérias-primas.
“Nesse ano, muitas empresas seguraram as importações. Isso surtiu um impacto muito grande em várias cadeias de suprimentos. Por isso, especialmente o mercado de matérias-primas está enfrentando um momento difícil e faltou matéria-prima para muitas indústrias”.
Outro ponto a se destacar nesse cenário, segundo Carlos Souza, foi o grande baque sofrido por empresas menores que atuam no segmento do comex.
“A pandemia bateu bem mais forte nas empresas pequenas do que nas grandes. Isso aconteceu com os agentes de carga. Os maiores ficaram ainda mais fortes, enquanto os menores ainda mais fracos”.
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2021: tecnologia como aliada
O uso da inteligência de mercado facilita o desenho de estratégias empresariais, possibilitando análises preditivas e diminuindo a margem de riscos para qualquer tipo de negócio — inclusive para o comércio exterior.
De acordo com Helmuth Hoffstatter, CEO da LogComex, é muito provável que a automatização vai ser o foco principal das cadeias logísticas em 2021.
“As empresas vão buscar muito a redução de custos com a tecnologia. Com a pandemia, muitas empresas ficaram perdidas, por isso, precisaram muito de dados e de inteligência”.
Carlos Souza concorda:
“Devemos ver mais empresas se interessando, se envolvendo e aprendendo mais a trabalhar com dados de mercado para guiar suas estratégias comerciais. Essa é uma tendência que deve continuar e aumentar”.
Tendências de mercado
Nas empresas, já se é esperado que, mesmo com a Covid-19 controlada, o home office seja aderido tanto completamente quanto no modelo híbrido.
Já se tratando de produtos, com a mudança de hábitos durante a pandemia, mudaram também os padrões de consumo.
De acordo com estudo promovido pela Veja Insights e EY Parthenon, 62% dos brasileiros estão visitando menos lojas físicas e comprando mais online.
De qualquer maneira, a utilização dos dados como principal guia auxilia no estudo de tendências e na geração de previsão de cenários.
Na Logcomex, você tem acesso a dados super valiosos da importação.