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Cultura Data Driven: O que é? Como implementar no Comércio Exterior?

Written by Redação Logcomex | 26.10.2021

Utilizar dados para tomada de decisão, ou seja, adotar uma cultura Data Driven na sua empresa, deixou de ser uma escolha, virou uma necessidade. Em uma era cada vez mais digital, basear a tomada de decisão de uma empresa na intuição é, com certeza, um grande erro que pode trazer muitas dores de cabeça.

A frase “dados são o novo petróleo” pode hoje ser um clichê, mas não é dita à toa. Afinal, os dados estão disponíveis para todos e sai na frente quem fizer o melhor uso deles. 

Esse foi o tema de um dos conteúdos do Logcomex Summit 2021. Carlos Souza, COO da Logcomex, e Helmuth Hofstatter, CEO da Logcomex, falaram sobre “Como implementar uma cultura Data Driven no comércio exterior”. Você pode conferir o papo completo aqui abaixo.

Mas antes de tudo, o que é ser Data Driven? Ou então, como aplicar essa cultura na sua empresa — mais especificamente, no mundo do comércio exterior? Vamos resumir e trazer os principais pontos do papo neste artigo. 

O que é cultura Data Driven?

Como a própria nomenclatura em inglês já diz, ser Data Driven é ser guiado pelos dados. Quando uma empresa possui a cultura Data Driven em seu DNA, isso significa que os dados estão à frente de tudo.

A palavra cultura, por si só, já traduz esse conceito: significa um conjunto de crenças e tradições de um determinado grupo. Portanto, uma cultura Data Driven em uma empresa nada mais é do que todo um time com a mentalidade de que a análise dos dados precisa fazer parte da rotina.

São eles que guiam as decisões e o planejamento estratégico da companhia, moldando as ações da equipe em todos os níveis de hierarquia. Porque sim: os dados devem estar presentes no dia a dia de todo o time, não apenas no C-level

“Por exemplo, antes do uso dos dados, agentes de carga precisavam entrar em contato com o cliente, sem ter muita informação para se pautar”, explicou Carlos Souza. “Com a informação correta a elaboração da proposta fica muito mais fácil e assertiva. No final, é a necessidade da informação certa no lugar certo”. 

Fundamentos de uma cultura guiada por dados

O conceito da cultura Data Driven é fácil de se compreender, porém, o que é de fato necessário para aplicá-lo? Bom, existem alguns fundamentos que são essenciais para que a prática voltada a dados seja possível.

São eles:

Democratização dos dados 

Ter as informações é o primeiro passo. Mas, atualmente, milhares de dados são gerados todos os dias. Isso também se aplica à sua empresa. As perguntas que surgem, logo em seguida, são: 

  1. Essas informações estão disponíveis para a sua equipe? 
  2. E, mais importante do que isso, elas são facilmente compreensíveis para todos? 

Se a resposta para alguma dessas perguntas for não, então é preciso corrigir esse problema, porque não há democratização dos dados se eles não são acessíveis.

É muito comum observar uma resistência, principalmente em relação aos níveis hierárquicos mais altos da empresa, de realizar essa democratização das informações.

“A transição para a aplicação da cultura Data Driven tem que começar dentro da empresa, com mudança de atitude da própria liderança”, comenta Helmuth Hofstatter. “Hoje, ainda existem empresas que guardam e escondem a estratégia dos funcionários a sete chaves. Isso não pode acontecer! É necessário aplicar a transparência”. 

Por isso, quando se fala de virar a chave para uma cultura Data Driven, fala-se também de uma mudança de mentalidade. Esse, com certeza, é um processo difícil, mas possível e gradual.

“Outra coisa muito importante é entender que é um processo colaborativo”, explica Carlos. “As empresas precisam ter times dedicados e incorporar processos com todos os funcionários”.

Helmuth concorda. “Não é apenas contratar uma ferramenta. É preciso ter um time dedicado que irá, pouco a pouco, transformar o processo. Existem muitos passos a serem seguidos”.

Garantia da qualidade das informações

Qual é a credibilidade das informações disponibilizadas? Elas são confiáveis? A qualidade dos dados é extremamente importante para que as tomadas de decisão sejam assertivas.

Governança de dados

Contar com uma governança de dados significa ter uma estratégia de gerenciamento das informações coletadas. 

Ela é extremamente importante porque, com uma governança de dados eficiente, é possível extrair essas informações de uma maneira automatizada, fazendo com que elas melhorem os fluxos e processos das tomadas de decisão.

Faça a pergunta certa

Por fim, o mais importante no uso dos dados é conseguir fazer a pergunta certa na hora certa. “Assim, você consegue definir seu mercado, saber quem são os seus concorrentes, quem são os consumidores e quais são os melhores fornecedores”, explica Carlos.

“Fica mais fácil entender o passado. E, algo bem mais poderoso, utilizar análises preditivas para entender o futuro”. 

Mas afinal, como aplicar uma cultura Data Driven?

Depois de entender os fundamentos da cultura Data Driven e tê-los como objetivos a serem alcançados, algumas dicas são importantes para, de fato, colocar em prática essa mentalidade na sua empresa.

Confira:

Tenha um planejamento estratégico

Antes de tudo, entender quais são as necessidades da sua empresa e, assim, definir seus objetivos é um bom ponto de partida. O método OKR (Objective Key Results), por exemplo, é um framework que simplifica a definição e execução de metas. 

Leia mais: Indicadores KPI para o Comércio Exterior

Independente de como isso seja feito, definir um planejamento estratégico é extremamente importante!

Invista mais em tecnologia

O investimento em tecnologia é imprescindível e pode ser feito de diversas formas. Duas delas são:

  • Treinamento da equipe: promover a alfabetização em dados dos funcionários é muito importante em todas as estruturas e setores. Isso pode ser feito com cursos, treinamentos in company ou ainda investindo na contratação de profissionais que já estão familiarizados com a interpretação de dados;
  • Utilização de ferramentas de inteligência: não adianta nada possuir uma ferramenta poderosa se o seu time não souber interpretar os dados gerados por ela. Da mesma forma, também não é eficaz possuir uma equipe com uma enorme capacidade de interpretação dos dados se ela não conta com uma ferramenta que possibilite esse trabalho. 

Dados e ferramentas

Investir em boas práticas de coletas de dados pode ser mais fácil se o time estiver munido de uma poderosa ferramenta de inteligência. Ter acesso às informações de maneira centralizada, organizada e acessível faz toda a diferença.

O custeamento de uma ferramenta com essa capacidade pode assustar, no início, e talvez não parecer tão atrativo. Porém, se trata de um investimento eficaz, que facilita o dia a dia das análises e promove mais agilidade nesse processo.

Como consequência, sua empresa terá mais eficiência na análise dos dados e os resultados obtidos por essas análises chegarão mais rapidamente e de forma mais assertiva.

Leia mais: Dashboards: a importância e as vantagens para o comércio exterior

Eduque a equipe sobre a importância dos dados

Abrir a mente dos funcionários, independente do nível hierárquico, é um passo muito importante para se estabelecer uma cultura Data Driven. 

Para que isso aconteça, promover palestras sobre o tema e exemplificar cases que obtiveram sucesso com essa prática pode ser um ponto de partida.

A cultura Data Driven é voltada para todo mundo?

Segundo Carlos Souza, não importa o porte da empresa. Desde gigantes até empresas de pequeno porte podem se beneficiar de uma cultura Data Driven. “Mesmo as menores conseguem utilizar os dados de alguma forma. Eles servem para diminuir a complexidade dos problemas”, explica.


Helmuth completa. “Os mercados estão cada vez mais hiper competitivos. Inserir Data Driven nas empresas está, cada vez mais, deixando de ser uma questão de escolha e passando a ser uma questão de sobrevivência”. 

Comércio exterior e dados: como unir os dois mundos?

As atividades que envolvem o comércio exterior representam um universo à parte. Seus processos geram uma quantidade enorme de dados e informações valiosíssimas, que podem — e devem — ser utilizadas a favor do seu negócio.

Leia mais: Conheça 5 motivos para analisar o mercado na Importação

Mas como chegar até eles? E, ainda, como implementar na sua empresa uma cultura em que eles estão no centro de tudo? Bom, seguindo algumas das dicas exemplificadas nesse texto até agora, já é possível entender como e por onde começar.

“A tecnologia não é o core das empresas que atuam no comércio exterior”, explica Helmuth. “Por isso, o processo tem que ser inserido a cada dia”.

Mas tratando-se especificamente de comércio exterior, um dos problemas enfrentados por muitas empresas é a pulverização dos dados. Eles não são transparentes e acessíveis, o que impossibilita a implementação de uma cultura Data Driven. 

Por isso, o primeiro passo é entender que, para analisar os dados de maneira assertiva, é necessário ter acesso às informações de maneira centralizada e organizada, de preferência com dashboards interativos que facilitem sua interpretação.

Isso significa, como já citamos anteriormente, um maior investimento em tecnologia. Existem ferramentas de inteligência específicas para o comércio exterior. Entendê-las e estudá-las para escolher a que mais se encaixa nas suas necessidades é um trunfo que pode dar superpoderes para o seu negócio.

A Logcomex, por exemplo, oferece soluções tecnológicas para o comércio exterior desde 2016. Sua plataforma de inteligência possibilita análises completas e detalhadas sobre o mercado, porque reúne e estrutura dados de mais de 300 fontes publicamente acessíveis.

Dessa forma, seus dados consolidados auxiliam as empresas de comércio exterior com a democratização e a qualidade das informações, o que representa um grande passo para o estabelecimento de uma cultura Data Driven.

Além disso, com as soluções da Logcomex é possível ter a informação completa dos embarques praticamente em tempo real. 

“No comércio exterior, existem diversos casos de atuação, como prevenção à fraude, prevenção a lavagem de dinheiro, análise de market-share, desenvolvimento e crescimento do negócio”, explica Carlos. 

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