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Importação de batatas: como importar? Estatísticas e dados

Written by Redação Logcomex | 22.6.2022

O Brasil é um grande consumidor de batatas, porém, apesar de suas terras férteis e altamente produtivas, não consegue produzir o tubérculo de maneira suficiente devido a algumas de suas características.

Conheceremos os motivos da importação de batatas por parte do Brasil e como ela deve ser realizada. Além disso, veremos alguns dados e estatísticas sobre os países fornecedores, as principais unidades de desembaraço e os estados brasileiros que mais recebem o produto.

Por que importar batatas?

O Brasil é um dos principais produtores de alimentos do mundo em uma extensa variedade, de acordo com cada região, graças à sua grande extensão territorial e diversidade de climas e biomas.

No entanto, apesar dessas características que o tornam uma potência agrícola, o Brasil também precisa importar uma quantidade considerável de produtos cuja produção é inexistente ou insuficiente.

Trigo, centeio, petróleo, avelã, nozes, bacalhau e até mesmo produtos como arroz, feijão, batatas e bananas são exemplos de produtos importados pelo Brasil.

No caso da batata, há duas ou três safras por ano em nosso país, cuja principal vai de novembro a abril. A quantidade de produção depende do clima de cada safra, portanto, a oferta e o preço são variáveis.

Então, a importação de batatas é mais expressiva em períodos de menor produção e, consequentemente, menor oferta. Sendo assim, os preços internos se elevam e a importação se torna mais atrativa.

Uma das principais espécies importadas é a batata-semente, sobretudo nos meses de março a maio. A principal origem dela é a Argentina e é destinada à indústria.

Como realizar a importação de batatas?

Antes de tudo, para importar batatas é preciso levar em conta que há uma regulamentação que trata do transporte internacional de vegetais estabelecida por meio de acordos internacionais.

Os principais são a Convenção Internacional para Proteção dos Vegetais (CIPV/FAO) e o Acordo sobre a Aplicação de Medidas Sanitárias e Fitossanitárias da Organização Mundial do Comércio (SPS/OMC).

Além disso, existem alguns requisitos fitossanitários que regulamentam as importações dentro do Mercosul, em geral sobre a ausência de pragas e insetos.

Essas exigências podem variar de acordo com cada país. Para importação de batatas da Bolívia ou dos Estado Unidos, por exemplo, os requisitos são um pouco diferentes.

Por isso, para importar batatas é importante pesquisar sobre as regulamentações do país exportador.

Estatísticas de importação de batatas

Veremos agora os dados, da Logcomex, de importação de batatas pelo Brasil. Conheceremos quais são os principais países fornecedores, as unidades de desembaraço que mais receberam o produto, bem como os estados brasileiros que mais importam.

Leia mais: Como encontrar fornecedores no exterior: conheça sobre o processo

Países fornecedores

O país que mais importou batatas para o Brasil nesse período, em peso e em valor, foi nossa vizinha Argentina. Ela nos enviou uma quantidade de 45,8 mil toneladas do alimento, que representam US$ 42,4 milhões.

Logo em seguida temos Bélgica, com 35,3 mil toneladas vendidas para o Brasil, em um valor de US$ 24,7 milhões. Em terceiro lugar temos a Holanda, que vendeu 9,9 mil toneladas de batatas a um valor de US$ 8.4 milhões.

Os países que seguem a lista são:

  • Reino Unido: 805 toneladas (US$ 747,9 mil);
  • Turquia: 479.8 toneladas (US$ 449,8 mil);
  • Alemanha: 372.3 toneladas (US$ 360 mil);
  • Polônia: 458.3 toneladas (US$ 357,5 mil);
  • França: 86.8 toneladas (US$ 104,2 mil).

Unidades de desembaraço da importação de batatas

Veremos agora as unidades de desembaraço da importação de batatas, ou seja, por quais unidades alfandegárias esses produtos entraram no Brasil.

A principal delas foi Itajaí, com o ingresso de 28 mil toneladas, a um preço de US$ 21,3 milhões.

Em seguida, a segunda unidade foi São Borja, por onde entraram 19 mil toneladas, a um valor de US$ 17,8 milhões. Destaque semelhantemente alcançado pela IRF São Borja, que teve o ingresso de 12 mil toneladas, a US$ 10,8 milhões.

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Completando o ranking, outras unidades de desembaraço que foram ao mesmo tempo importantes:

  • Porto de Santos: 8 mil toneladas (US$ 6,7 milhões);
  • IRF Porto de Suape: 6 mil toneladas (US$ 5 milhões);
  • Uruguaiana: 3,5 mil toneladas (US$ 3,4 milhões);
  • Porto do Rio de Janeiro: 4,2 mil toneladas (US$ 2,8 milhões);
  • ALF Uruguaiana: 2,6 mil toneladas (US$ 2,6 milhões);
  • ALF Foz do Iguaçu: 2,3 mil toneladas (US$ 2,4 milhões);
  • Porto de São Francisco do Sul: 1.8 mil toneladas (US$ 1.6 milhões).

Estados importadores

O principal destino brasileiro da importação de batatas foi o estado de Santa Catarina, visto que recebeu 64.7 mil toneladas, em um valor de US$ 53,9 milhões.

Em segundo lugar, com uma diferença expressiva, temos o estado de Pernambuco, que foi o destino de 7.7 mil toneladas de batatas ao custo de US$ 6,3 milhões.

Finalizando o Top 3 temos o Rio Grande do Sul, que recebeu 3,4 mil toneladas, pelo valor de US$ 3,3 milhões.

Ademais, outros estados com participações relevantes foram:

  • Paraná: 3,1 mil toneladas (US$ 2.7 milhões);
  • São Paulo: 2,2 mil toneladas (US$ 2.1 milhões);
  • Rondônia: 2,5 mil toneladas (US$ 1.7 milhões);
  • Alagoas: 2,3 mil toneladas (US$ 1.6 milhões);
  • Minas Gerais: 2,1 mil toneladas (US$ 1.5 milhão);
  • Rio de Janeiro: 1,5 mil toneladas (US$ 1.1 milhão);
  • Amazonas: 1,2 mil toneladas (US$ 997.8 mil).