A cobrança de imposto de importação para carros elétricos voltou a ser uma realidade no Brasil. Desde a implementação desta medida, que também afeta veículos híbridos e híbridos plug-in, as taxas estão sendo reajustadas gradualmente até atingir 35% em julho de 2026.
Para importadores e exportadores, entender essas mudanças é vital para se manter competitivo no mercado.
Durante o período de transição, o governo estabeleceu cotas que permitem a importação de carros elétricos com isenção de impostos. Apenas quando essas cotas forem ultrapassadas, as tarifas serão aplicadas.
Esse ajuste gradual é uma oportunidade para planejar estrategicamente as operações de importação, evitando custos adicionais desnecessários.
Além dos impostos, a importação de carros elétricos no Brasil implica em outras questões, como regulamentações específicas e taxação. Manter-se atualizado sobre essas mudanças é fundamental para tomar decisões informadas e otimizar suas estratégias de importação e exportação. Vamos lá?
A economia de carros elétricos no Brasil está em crescimento, com números significativos que refletem o interesse crescente por veículos sustentáveis. Confira os dados detalhados da Consulta de NCM Logcomex:
Com esses dados, é possível ter a dimensão da importância desse mercado em ascensão e seus impactos para a economia.
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Com a recente reintrodução do imposto, há uma expectativa de aumento nos preços de carros elétricos e híbridos plug-in nos próximos meses. Algumas montadoras já iniciaram o repasse parcial do imposto, e outras devem seguir o mesmo caminho em breve.
Essas mudanças estão sendo implementadas conforme o seguinte cronograma:
Janeiro de 2024 inicia a cobrança das novas alíquotas para carros elétricos, com taxa inicial de 10%. Carros híbridos também passam a ser tributados, com alíquota inicial de 15%.
A alíquota para carros elétricos aumenta para 18%. Já os carros híbridos passam a ter alíquota de 25%, até julho de 2024.
Carros elétricos são tributados a 25%. Carros híbridos enfrentam uma alíquota de 30%, até julho de 2025.
Ambos carros elétricos e híbridos atingem a alíquota final de 35%, até julho de 2026.
Com o cronograma, é possível que importadores e consumidores possam planejar suas estratégias financeiras e de compra, especialmente aproveitando as janelas de isenção que podem existir durante o período de transição.
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Com a recente reintrodução do imposto de importação para carros elétricos e híbridos plug-in no Brasil, tem-se que adotar medidas para de alguma forma reduzir o impacto financeiro e estratégico no mercado.
Abaixo, discutimos algumas estratégias importantes:
Para facilitar a transição e minimizar os custos adicionais, o governo brasileiro implementou cotas trimestrais de importação com isenção de imposto para carros elétricos e híbridos.
As cotas vão permitir que importadores continuem a trazer os veículos sem os encargos tributários normais até que as cotas sejam esgotadas.
Além de incentivar a importação com isenção temporária, o governo está fortemente comprometido com o desenvolvimento da indústria nacional de veículos elétricos.
Essa iniciativa visa reduzir a dependência de importações no longo prazo, incentivando investimentos em pesquisa, desenvolvimento e produção de carros elétricos e híbridos no país. Fortalecer a economia interna, criar empregos e promover a inovação tecnológica: estes são os três objetivos que esse movimento almeja alcançar.
Essas medidas visam amortecer o impacto imediato do aumento do imposto e também posicionar o Brasil como um participante competitivo no mercado global de veículos sustentáveis.
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A reintrodução do imposto de importação para carros elétricos e híbridos plug-in no Brasil, faz o cenário automotivo nacional se reconfigurar, e traz desafios e oportunidades para o setor.
Essas mudanças também pode estimular o desenvolvimento de novas estratégias e setores econômicos no país.
Com o ajuste das alíquotas de importação, espera-se uma tendência crescente de consumo por carros elétricos fabricados no Brasil. Com o objetivo de não apenas mitigar os encargos tributários, mas também consolidar a produção local de veículos sustentáveis, esta transição se faz necessária.
A consolidação da indústria nacional de veículos elétricos abre novas perspectivas para empresas brasileiras em diversos setores estratégicos:
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Essas oportunidades impulsionam a inovação e o crescimento econômico no Brasil, e fortalecem a competitividade das empresas brasileiras no mercado global de veículos elétricos.
Importadores, investidores e empreendedores são incentivados a explorar esses segmentos em expansão, contribuindo para um futuro mais sustentável e tecnologicamente avançado no setor automotivo nacional.