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Japão: como é sua economia e comércio internacional?

Written by Redação Logcomex | 1.10.2020

Depois de termos visto as características do Japão em seus aspectos físicos, geográficos, históricos e políticos, chegou a hora de conhecermos sua relação com o resto do planeta.

Por isso, continuaremos nossa série sobre o país com alguns dados importantes no setor econômico e no comércio internacional.

Dados econômicos do Japão

É a terceira maior economia do mundo, atrás somente de Estados Unidos e China. O PIB do Japão em 2019 foi de 5,75 trilhões de dólares (Investopedia), 1% maior que em 2018. 

O valor é surpreendente levando em consideração o desafio de se reerguer após dois acontecimentos que abalaram o país: a crise econômica de 2008 e o terremoto de 2011.

Em 2019 a taxa de desemprego entre a população foi de 2.29% e a de inflação foi de 0,48%, meio por cento menor que no ano anterior (Macrotrends).

A moeda japonesa é o iene, que equivale, em média, a R$ 0,05. Nessa proporção, um real corresponde a cerca de 19 ienes.

A dívida pública do Japão em 2019 era de 1,91 quatrilhão de ienes, cerca de R$ 35,7 trilhões, o valor corresponde a mais de 230% de seu PIB (Trading Economics).

Contudo, apesar do alto valor, o país tem chances improváveis de passar por uma grande quebra, isso porque cerca de 90% da dívida não está na mão de organizações internacionais, mas sim de investidores do Japão, que poderiam comprar ativos estatais para aliviar a dívida.

O Japão no Comércio Internacional

O Índice de Liberdade Econômica leva em consideração os mercados abertos, a eficiência regulatória e o estado de direito. Em 2020, o índice japonês é de 73.3%, posição número 30 no ranking global (Heritage). 

O Global Competitiveness Index, publicado anualmente pelo Fórum Econômico Mundial, mede a competividade de determinado país com base em seus índices de educação, infraestrutura, macroeconomia etc.

No relatório de 2019 que coletou dados de 2018, o Japão estava na sexta posição entre 141 países.

Seus principais parceiros no ramo comercial são (Jetro): 

  • China
  • Estados Unidos
  • Coréia do Sul
  • Hong Kong e
  • Taiwan.

Dos blocos que o Japão faz parte, podemos citar a Cooperação Econômica Ásia-Pacífico (APEC), o Grupo da Austrália, o Banco Europeu para Reconstrução e Desenvolvimento (EBRD) e a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OECD), além do G-7, G-8, G-10 e G-20.

O país também é parceiro da Autoridade Intergovernamental para o Desenvolvimento (IGAD) e da Organização para Segurança e Cooperação na Europa (OSCE).

O Japão sediou o Protocolo de Quioto em 1997, um acordo internacional onde diversos países assumiram compromissos rígidos de reduzirem suas emissões de gases que produzem o efeito estufa, entre eles o carbono.

O Protocolo de Quioto contou com 192 Estados signatários e entrou em vigor a partir de 2005, quando o número mínimo de países mais poluentes do mundo passou a fazer parte, tendo expirado em dezembro de 2012 e sido sucedido pelo Acordo de Paris.

Principais portos e aeroportos

Por ser um arquipélago, o Japão não possui fronteiras terrestres com outro(s) país(es). Por conta disso, a presença de portos e aeroportos são de suma importância.

Em 2011, 22 portos do país foram nomeados “portos de reciclagem”. Eles são utilizados para transportar os recursos recicláveis por meio de navios graneleiros. Além destes, seis portos são considerados super-hubs portuários (Embaixada do Japão).

Os aeroportos, que atuam tanto com voos domésticos quanto internacionais, também estão muito presentes: cerca de 100 por todo o país (Embaixada do Japão). Entre eles, há o aeroporto mais limpo do mundo (falaremos dele adiante).

Principais portos

Um dos portos mais importantes é o de Tóquio, classificado como 32º maior do mundo em movimentação de contêiner, com 4,25 milhões de TEU em 2016 (AAPA).

Está localizado na Baía de Tóquio, capital do Japão e lar da família imperial, o que faz com que ele apoie uma movimentada indústria de turismo.

No lugar onde hoje é o porto havia uma pequena vila de pescadores chamada Edo, que em 1392 já era porta de entrada e saída de navios. 

No século XVII, Edo se tornou a capital do Japão e logo foram sendo construídos vários berços e instalações portuárias ali. Em 1868, a cidade passou a se chamar Tóquio e o seu castelo tornou-se o Palácio Imperial

O porto passou por dois grandes processos de reconstrução

O primeiro após o terremoto de Kanto, em 1923, e o segundo após bombardeios da Segunda Guerra Mundial; apenas em 1941 o Porto de Tóquio foi proclamado Porto Internacional.

Outro porto importante é o de Yokohama, que começou a operar em 1859 para tráfego doméstico e estrangeiro. 

Foi um dos cinco portos abertos pelo estadunidense Matthew Perry após a assinatura do Tratado de Amizade e Comércio EUA-Japão e logo se tornou o primeiro porto de entrada para o Japão, de muitas influências estrangeiras.

O porto está localizado a 23 km do porto de Tóquio e, com sua arquitetura moderna, é uma bela porta de entrada para a capital. Atualmente, o Porto de Yokohama gerencia a Importação de matéria-prima para a zona industrial e uma variedade de Exportações. 

No ano de 2016, este porto foi classificado como 48º mais importante do mundo em movimentação de contêineres, com 2,78 milhões de TEU (AAPA).

Os portos de Tóquio e Yokohama, somado ao de Kawasaki, fazem parte da Zona Industrial de Keihin e juntos movimentaram 7,98 milhões de TEU em 2017 (World Shipping).

O hub abriga construtores de navios e fabricantes de produtos químicos, metais primários, maquinários, automóveis, produtores petrolíferos e produtores de metal, além de indústrias de biotecnologia e semicondutores.

Principal aeroporto.

O aeroporto mais importante do Japão é também o quinto mais movimentado do mundo, tendo movimentado 85,505 milhões de passageiros em 2019 (ACI).

O Aeroporto de Tóquio, mais conhecido como Aeroporto de Haneda, foi inaugurado em 1931 como o primeiro aeroporto internacional do país

Entre 1978 e 2010 foi utilizado somente para voos domésticos, mas após a construção da quarta pista na década passada, voltou a operar com voos internacionais.

Em 2019, o Aeroporto de Haneda foi eleito o terminal mais limpo do mundo.

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