A soja é uma das principais commodities do Brasil

Confira dados de exportação das principais commodities do Brasil

Desde o início da pandemia, com o aumento da demanda mundial por diversos produtos, as principais commodities do Brasil registraram alta histórica. O Brasil, naturalmente, vem se beneficiando com essa alta: aumentando as exportações e alcançando novos mercados. Quanto maior a produção, mais emprego e, consequentemente, mais renda em diferentes setores da cadeia logística, melhorando assim a economia como um todo.

Entre os meses de janeiro e setembro de 2021, as commodities foram responsáveis por 69,7% de tudo que exportamos; no mesmo período do ano anterior, o montante era de 67,5% e em 2019, cerca de 60%. Se analisarmos um período de tempo maior, podemos perceber como esses produtos vêm ganhando espaço internacional ao longo das últimas décadas. 

Por outro lado, produtos industrializados vêm diminuindo a participação na nossa exportação, motivo de preocupação entre economistas, empresários e setor público que temem a falta de diversificação do mercado.

Este é um fato que pode ser observado e constatado inclusive historicamente. Há 20 anos as commodities correspondiam a cerca de 37,4% dos embarques, oito anos depois, em 2009, a fatia já era de quase 55% e o ritmo de aumento seguiu constante ao longo dos anos até os dias atuais. 

Com a aceleração das commodities, produtos da indústria de transformação vêm perdendo relevância nos nossos embarques, considerando o período entre os meses de janeiro a setembro, em 2001, tais produtos foram responsáveis por 60,4% das nossas exportações, em 2008, caiu para 51,1% e, em 2017 registrou 40,9%.

Por isso, é importante discutir o papel das commodities na exportação brasileira. Nesse artigo, você irá conferir:

Quais as principais commodities do Brasil?

Quais commodities possuem mais relevância na nossa pauta de exportação e como o Brasil vem se beneficiando com a alta dos preços e a exploração de novos mercados?

Minério de ferro

Nos primeiros dez meses de 2021, as exportações de minério de ferro já superaram o volume de soja embarcada. É o principal produto embarcado no país com quase 300 milhões de toneladas acumuladas nesse período (alta de 6,7% em relação a 2020), o que gerou uma receita de quase US$40 bilhões, alta de 96,9% se comparado ao mesmo período de 2020. O preço FOB do quilo do minério de ferro subiu 42,9%.

Desse total, 64% foram destinados à China, 6,4% para a Malásia, 4,1% para Barein e 3,9% para o Japão, o restante foi distribuído para diversos países de diferentes continentes ao redor do mundo.

O Pará foi o estado responsável por 48,7% das exportações de minério de ferro do Brasil, em seguida Minas Gerais com 41,2%, Espírito Santo com 7,14%, Maranhão e Rio de Janeiro, responsáveis por apenas 1,34% e 0,73% do total exportado, respectivamente.

Soja

É difícil pensar em exportações brasileiras sem considerar o agronegócio, um dos principais pilares da nossa economia. No entanto, a soja está em segundo lugar no ranking dos principais produtos exportados pelo Brasil neste ano, com 15,2% de participação. No acumulado do ano já foram embarcadas mais de 80 milhões de toneladas, gerando uma receita que superou a marca dos US$35 bilhões.

Assim como nos embarques de minério de ferro, o principal destino da nossa soja foi a China, que importou 70% de tudo que exportamos neste ano. Em seguida, outros países aparecem na lista com participação bem inferiores, como a Espanha que ocupa a segunda colocação (4,6%), seguida da Tailândia (3,3%), Holanda, (3,2%), Turquia (2,7%) e alguns outros com uma participação ainda mais ínfima.

Assim como nos últimos anos, o Mato Grosso lidera as exportações de soja no Brasil, com quase 30% de participação, seguido do Rio Grande do Sul, Paraná, Goiás e Mato Grosso do Sul.

Petróleo

Em terceiro lugar do ranking dos principais produtos exportados vêm os óleos brutos de petróleo, cujo valor também registrou alta de 33,3% e, apesar da queda no volume exportado, a receita obtida em relação a 2020 aumentou 53% e já atingiu mais de US$25 bilhões nos primeiros dez meses de 2021.

O petróleo é um dos produtos com a maior volatilidade no quesito preço no âmbito de nossa pauta exportadora, graças a diversos fatores (políticos, ambientais, sociais etc.) que impactam diretamente na cotação do produto. Em 2021, a alta do petróleo impactou fortemente no preço da gasolina.

A China também é o principal destino do nosso petróleo e importou cerca de 46% de tudo que exportamos neste ano. Em seguida, os Estados Unidos ocupam a segunda posição com 11% da fatia, depois vem a Índia com 7,7% e Chile e Portugal aparecem com 5,9% e 5,8%, respectivamente.

O Rio de Janeiro se destaca como o estado líder absoluto nas exportações do petróleo, sendo responsável por 82,1% de tudo que embarcamos, São Paulo logo em seguida com 14,6% e o Espírito Santo com 3,31%.

A partir dessa rápida análise é possível perceber que apenas esses três produtos são responsáveis por mais de 40% de tudo que o país exportou no ano. Não podemos deixar de considerar e enfatizar a importância de cada um deles na nossa economia, na geração de empregos e nas relações internacionais, mas, ao mesmo tempo, um olhar mais atento para outros itens potencialmente exportáveis que podem se transformar em oportunidades de desenvolvimento do país, não limitado a esses setores.

Como pesquisar informações de exportação no Logcomex Product Intel Export

Essa é a tela inicial do Logcomex Product Intel Export

Vamos pesquisar informações do código NCM de 07133190, para “Feijões das espécies Vigna mungo (l.) Hepper ou Vigna radiata (l.) Wilczek, secos, em grão, mesmo pelados ou partidos”.

Assim, você obtém um panorama completo da exportação do produto.

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