Saiba tudo sobre a viagem ao Vale do Silício patrocinada pela Ace

Vale 3.0 – No coração do Vale do Silício

Acabei de retornar de minha terceira incursão à região considerada o coração da inovação no planeta, o Vale do Silício.

Em minha primeira ida em 2013 acabei fazendo mais turismo do que uma interação mais efetiva com o ecossistema local.

Já em 2015 passei duas semanas imergindo na cultura do Vale e participando de todos os eventos possíveis que aconteciam na região.

Mas, nenhuma dessas idas ao vale se compara a experiência que vivi agora no início do mês de novembro de 2017. Fui convidados para participar do CEO Summit da Draper Venture Network (DVN) que no Brasil tem a ACE Startups como parceira.

Como a Logcomex finalizou recentemente a aceleração com a ACE, achei que seria interessante levar a Logcomex nessa incursão.

Ainda por cima com a oportunidade de apresentar a empresa em inglês para potenciais investidores americanos.

O ACE in the Valley, como foi chamada a incursão contou com uma comitiva de mais de 20 brasileiros e 11 startups e foi divida em dois eventos.

Um 100% organizado pela ACE Startups com o apoio do Google Lauchpad em São Francisco e outro do DVN que ocorreu em dois locais distintos: uma vinícola de cinema e em nada menos que o museu da história da computação em Montain View.

ACE In The Valley – dia 01 – escritório do Google em São Francisco

A sede do Google fica em Mountain View, onde milhares de pessoas trabalham. No entanto nosso primeiro dia foi no escritório que o gigante tech mantém em uma das áreas mais icônicas de São Francisco.

O dia foi dividido em duas partes: uma fechada para os membros da comitiva com quatro palestrantes tops e outra que foi os pitches em inglês para o comunidade de investidores locais.

Não consigo compartilhar todas minhas anotações por aqui (daria um livro!), mas com certeza o destaque das palestras foi o professor de estratégia de Stanford Pedram Mokrian que compartilhou com a gente sua experiência junto a um dos maiores fundos de investimentos do planeta, o Mayfield, e seu processo de seleção que recebe, em média, 10 mil candidaturas ao ano para chegar aos 30 investimentos realizados.

Na parte dos pitches, Carlos, nosso apresentador, deu um show e conquistou a plateia presente, tanto que fomos escolhidos pela Bay Angels como um dos destaques da tarde!

ACE In The Valley – dia 02 – Thomas Fogarty Winery & Vineyards

Se o cenário do primeiro dia já foi de tirar o fôlego, o UAU do do segundo dia foi maior ainda. No alto das montanhas do Vale do Silício se encontra essa vinícola exclusiva e badalada que serve de espaço para eventos na região.

Começava então o CEO Summit da Draper Venture Network, e o dia foi dividido em uma série de atividades para os empreendedores e outras para os investidores.

Participei de uma atividade focada em vendas, outra em marketing, uma de precificação e outra de negociação com investidores.

Empreendedores de todas as partes do planeta, com destaque para a delegação brasileira e a asiática, tiveram a oportunidade de interagir com especialistas nos temas.

O bate papo de precificação foi muito bom, mas o de posicionamento foi excepcional.

Nele foi comentado como a diferença que um bom posicionamento e a criação de um storytelling encantador pode maximizar uma startup.

O dia se encerrou regado com vinho local e a oportunidade de network entre investidores e empreendedores!

ACE In The Valley – dia 03 – Museu Da Computação

Para os geeks e apaixonados por tecnologia nada mais divertido do que estar na casa que conta a história da evolução da tecnologia, não é mesmo?

Assim começou o último dia do evento da DVN, que, no período da manhã, foi composto por bate-papos e apresentações estilo TED e a tarde foi composto de reuniões one-on-one com potenciais parceiros comerciais e investidores.

Como nem tudo sempre é perfeito, a agenda das reuniões contou com diversos furos e acabamos com uma brecha meio grande na agenda. Mas eis que chega um WhatsApp do Pedro Waengertner, CEO da ACE:

“Galera, consegui uma visita no Google aqui em Montain View. Partiu?”

E lá fomos nós para o Google. A empresa fica a cerca de 15 minutos a pé do museu onde estávamos e alguns optaram por ir caminhando mesmo com uma leve garoa e outros foram de Uber.

Fomos recebido por um brasileiro que trabalha por lá já faz 7 anos, e após fazer as credenciais demos uma volta guiada pelo campus que é gigante.

E nosso anfitrião foi conversando e respondendo diversas perguntas que fizemos sobre o dia a dia do trabalho no Google.

Fomos deixados na lojinha oficial do campus e após algumas fotos com os bonecos Android voltamos a pé para o museu.

Essa caminhada foi divertida pois mesmo usando o Google Maps acabamos “nos perdendo’’ no campus e tivemos a oportunidade de conhecer outras partes da vida dos googlers, entre elas a academia que estava lotada no final do expediente.

Após uma caminhada que parecia que não acabava nunca chegamos novamente ao museu para a festa de encerramento e para o torneio de pôquer!

Torneio esse que, inclusive, foi conquistado por um participante da delegação da ACE: o Guilherme Ebsui, CEO da Poppin, que levou pra casa um iWatch, o relógio inteligente da Apple.

No dia seguinte nossa agenda estava livre para visitar São Francisco e, em nosso caso, acabamos retornando para o Brasil via Nova York pois tivemos uma reunião muito interessante por lá! Mas isso é tema para outro texto.

*Almir Neves é conselheiro da startup Logcomex, empresa que está decifrando a caixa preta do comércio exterior brasileiro através de data analytics e real time visibility, para agilizar o fluxo da informação nas transações e entre as empresas que atuam no setor. 

Originalmente postado no Blog da ACE.