Erros comuns na adaptação à DUIMP: como evitá-los

Conforme publicação oficial do Siscomex, o registro da DUIMP passa a ser obrigatório para importações realizadas pelo modal marítimo e sujeitas à anuência nos regimes aduaneiros especiais como Recof, Repetro e Admissão Temporária.

Por isso, neste artigo abordaremos os erros na DUIMP mais comuns, bem como formas de evitá-los. Leia, a seguir, os principais desafios enfrentados pelas empresas importadoras durante a migração da D.I. para a DUIMP, aprenda com eles e não se sinta só.

Principais erros cometidos por empresas na migração para a DUIMP

Desde que o mundo é mundo, as mudanças são difíceis e isso acontece porque a falta de conhecimento aliada à falta de prática resulta em resistência.

Já no contexto aduaneiro, as mudanças resultam em processos mal estabelecidos ou excesso de erros operacionais. Entretanto, não podemos esquecer que o objetivo da DUIMP (Declaração Única de Importação) é agilizar o controle das operações de importação e combater irregularidades, por isso as empresas importadoras não têm muita escolha a não ser adaptar-se às regras do NPI (Novo Processo de Importação).

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Uma empresa despreparada para a transição destes aspectos burocráticos pode perder competitividade no mercado, afinal, as novas regras visam atender às regulamentações.

Confira, a seguir, os três erros cometidos por empresas durante a migração para a DUIMP.

  • Descrições pouco específicas: a ausência de detalhes técnicos ou o preenchimento inadequado dos atributos exigidos pela DUIMP pode gerar exigências durante o despacho aduaneiro. Além disso, a falta de integração entre áreas internas, como compras, engenharia e compliance, contribui para falhas no preenchimento do módulo Catálogo de Produtos. É fundamental estabelecer uma governança de dados sólida, com responsáveis claros por atualizar e validar informações conforme as exigências da DUIMP.
  • Falta de padronização entre itens semelhantes: isso acontece quando produtos com características técnicas equivalentes são cadastrados com descrições, códigos ou atributos divergentes. Equívocos desta ordem comprometem a rastreabilidade, dificultam a gestão e podem gerar interpretações erradas de forma a atrasar o processo de despacho aduaneiro, resultando em atrasos na nacionalização da mercadoria.
  • Classificação fiscal incorreta: algo que acontece bastante é a pouca interação entre as áreas técnicas e fiscais durante o preenchimento das informações dos produtos. Este baixo envolvimento acaba comprometendo a integridade dos dados.

Como identificar falhas no Catálogo de Produtos

Apesar de ainda não estar 100% implementado, o Catálogo de Produtos é essencial para o Novo Processo de Importação, pois trata-se de um módulo do Portal Único Siscomex em que exige-se dos importadores o preenchimento prévio das informações detalhadas sobre as mercadorias de forma a transmitir características do produto e seus atributos, classificação fiscal, dados do fabricante/exportador, entre outros. 

Embora os profissionais de comércio exterior se esforcem para acompanhar as notificações da Receita Federal publicadas no site oficial, a tecnologia se confirma como uma verdadeira aliada no processo de adaptação à DUIMP.

Além disso, a leitura automatizada de documentos formais de importação, viabilizada por tecnologias de inteligência artificial, atua na prevenção de falhas no preenchimento do Catálogo de Produtos. Isso acontece porque a automação garante maior precisão e reduz erros no processo. Ao extrair dados diretamente das declarações de importação, os sistemas de IA garantem maior precisão e padronização nas informações inseridas no catálogo. Isso evita divergências nas informações declaradas, reduzindo riscos de exigências fiscais e retrabalho. O processamento automatizado torna a atualização contínua mais confiável e alinhada aos critérios exigidos pela DUIMP, promovendo consistência e conformidade desde a origem dos dados.

Outro aspecto importante é utilizar a análise preditiva, sendo possível identificar eventuais falhas e inconsistências nos registros anteriores de importação e, assim, atuar de forma preventiva. Para mais detalhes sobre a aplicação da IA nas rotinas de comex, leia o nosso artigo sobre a função dos agentes de IA no comércio exterior.

Dicas para revisar e validar a base atual

Parece óbvio, mas não custa lembrar que a gestão das informações para o preenchimento do Catálogo de Produtos deve ser interdepartamental, envolvendo engenharia, compras, logística, fiscal e comércio exterior. Por isso, revisar a base cadastral do mix de importados representa o ponto de partida mais seguro para a migração.

  1. Utilizar workflows com a equipe facilita a visualização do papel de cada profissional. Além disso, deixa claro quem são os responsáveis por cada tipo de produto. Afinal, uma empresa pode importar itens diversos que exigem detalhamento técnico.

  2. Consulte a curva ABC e selecione os itens mais importados para a primeira fase da revisão da base cadastral. Desta forma, será possível prever a demanda dos itens mais urgentes para a empresa e dos que podem esperar. Para entender melhor sobre esse ponto de vista, leia nosso artigo sobre a importância da gestão de estoques na cadeia de suprimentos.
  3. Não abra mão da tecnologia. Ferramentas capazes de acessar o histórico de importações dos últimos 6 meses vão facilitar e muito a vida da equipe envolvida no processo de migração, pois vislumbrar a descrição completa do que foi importado anteriormente evitará futuros erros na DUIMP.

Checklist de conformidade

  1. Verifique o modal de transporte e órgãos anuentes.
  2. Revise e atualize a sua base de produtos importados e assegure que cada produto tenha uma descrição detalhada, classificação fiscal precisa e atributos técnicos preenchidos, conforme exigido pela DUIMP;
  3. Ajuste os sistemas internos e verifique se estão integrados com o Portal Único Siscomex;
  4. Implemente as adaptações necessárias para garantir a adesão ao NPI.
  5. Realize treinamentos para as equipes envolvidas no processo de importação, abordando as mudanças trazidas pela DUIMP e as responsabilidades de cada membro do time no processo de adequação ao NPI.
  6. Acompanhe regularmente os comunicados e atualizações no site oficial do Siscomex para estar informado sobre novas exigências e prazos.

Papel das soluções da Logcomex na adaptação correta.

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A precisão das informações que serão cadastradas no Catálogo de Produtos é uma das maiores dificuldades do importador brasileiro, por isso, desenvolvemos uma solução baseada em IA que reduz as chances de erros manuais durante o cadastro de itens de importação no módulo Catálogo de Produtos da Receita Federal.

Dentre as suas principais funcionalidades está a categorização automática de produtos por NCM e fabricante, facilitando a gestão e o acompanhamento detalhado.

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