Você sabia que a exportação de feijão tem grande importância no comércio exterior brasileiro?
O feijão é um clássico produto de nossa alimentação e sua presença na casa da maioria das famílias brasileiras é uma tradição que remonta a gerações. Além disso, ele é importante na balança comercial, representando uma importante fatia das exportações.
Vamos então analisar juntos algumas estatísticas dessas exportações: veremos os principais destinos, unidades de desembaraço, estados exportadores e tipos de feijão mais exportados.
Importância do feijão na exportação brasileira
O Brasil é um grande produtor de feijão, principalmente em razão das vantagens climáticas de nossa posição geográfica.
As grandes extensões de terras altamente produtivas e um clima favorável ao cultivo nos permite produzir três safras anuais do grão. Ao contrário do hemisfério norte, por exemplo, que planta e colhe uma única safra apenas.
Nesse sentido, a cada ano a participação do feijão nas exportações brasileiras tem crescido, especialmente desde 2018.
Em novembro de 2020 o valor de exportação de feijão foi de US$ 6.6 bilhões. No ano seguinte, em novembro de 2021, houve um aumento de praticamente 100%, batendo US$ 12.9 milhões.
No acumulado entre janeiro e novembro de 2021, conforme divulgado pelo Instituto Brasileiro de Feijão e Pulses (IBRAFE), o Brasil registrou o maior volume da história.
Pela primeira vez foram 200 mil toneladas embarcadas, representando um faturamento de US$ 1 bilhão.
Além de ser um marco histórico, esse número se torna mais expressivo dado o contexto de recuperação econômica após as fases mais duras causadas pela pandemia da Covid-19.
Apesar de existir uma grande demanda interna pelo produto, a exportação também é de grande importância.
De acordo com o presidente do IBRAFE, Marcelo Lüders, se não fosse a possibilidade da exportação de feijão, provavelmente o produtor brasileiro teria plantado menos nesse período.
Isso porque se a oferta interna fosse maior, de cerca de três milhões de sacas, ela seria absorvida com demora pela população.
Essa possibilidade, além de culminar em grandes números para o comércio brasileiro, se mostra uma ótima alternativa para os produtores nacionais, mesmo que em tempos de crise.
Dados de exportação de feijão
A partir das estatísticas da exportação de feijão, conheceremos quais são os tipos mais exportados.
Logo após, veremos os principais destinos das exportações, as principais unidades de desembaraço e os principais estados brasileiros exportadores.
Os dados que veremos a seguir são todos de 2022, do período entre janeiro e abril, e foram acessados na plataforma Search da Logcomex, que conheceremos melhor em seguida.
Feijões mais exportados
Conforme a Nomenclatura Comum do Mercosul (NCM), a principal categoria de feijão exportada pelo Brasil foi o Código SH6 071331.
A descrição dessa categoria é “Feijões das espécies Vigna mungo (l.) Hepper ou Vigna radiata (l.) Wilczek, secos, em grão, mesmo pelados ou partidos” e seu valor de exportação foi de US$ 9.3 milhões.
Em seguida, com US$ 5.4 milhões, tivemos “Feijão comum, seco, em grão, mesmo pelado ou partido” (Código SH6 071333).
Com o Código SH6 071335, em terceiro lugar temos Feijão-fradinho (Vigna unguiculata), cujo valor de exportação foi de US$ 2.7 milhões.
As categorias que se seguem são:
- Feijão adzuki (Phaseolus ou Vigna angularis), seco, em grão, mesmo pelado ou partido (Código SH6 071332), com US$ 547 mil;
- Outros feijões (Vigna spp. ou Phaseolus spp.), secos, em grão, mesmo pelados ou partidos (Código SH6 071339), com US$ 537 mil;
- Feijão-guando (Cajanus cajan) (Código SH6 071360), com US$ 1.6 mil.
Países mais consumidores de feijão brasileiro
O principal destino das exportações brasileiras de feijão é a Índia, que já importou cerca de US$ 8.5 milhões nos primeiros quatro meses de 2022.
Em seguida aparecem Vietnã (US$ 4.1 milhões), Egito (US$ 1.5 milhões), Paquistão (US$ 757 mil) e Venezuela (US$ 620 mil), finalizando o top 5.
Outros países com participações importantes são: Nepal (US$ 573 mil), Portugal (US$ 466 mil), Filipinas (US$ 300 mil), Angola (US$ 300 mil) e Tailândia (US$ 283 mil).
Principais unidades de desembaraço
A saída do grão de nosso país é bastante centralizada, uma grande parcela da exportação de feijão do Brasil foi escoada pelo Porto de Paranaguá (cerca de US$ 16.3 milhões).
Com uma grande diferença os separando, o Porto de Santos detém a segunda colocação, com US$ 1.2 milhões. Depois temos Pacaraima (US$ 620 mil), ALF Belém (US$ 196 mil) e ALF Foz do Iguaçu (US$ 54 mil).
Para finalizar nosso Top 10, as outras 5 unidades de desembaraço mais relevantes são:
- Jaguarão: US$ 36 mil;
- ALF Uruguaiana: US$ 30 mil;
- Bonfim: US$ 26 mil;
- Itajaí: US$ 15 mil;
- Porto de São Francisco do Sul: US$ 15 mil.
Principais estados na exportação de feijão
Quantos aos estados, o principal exportador foi Mato Grosso, que exportou US$ 9.6 milhões.
Logo após, temos Tocantins (US$ 2.2 milhões), Pará (US$ 1.6 milhão), Paraná (US$ 1.3 milhão) e Maranhão (US$ 1.1 milhão). Completando o Top 10, outros estados importantes são:
- São Paulo: US$ 644 mil;
- Bahia: US$ 532 mil;
- Rio Grande do Sul: US$ 449 mil;
- Roraima: US$ 445 mil;
- Minas Gerais: US$ 178 mil.
Confira mais informações de exportação
Além desses, você pode encontrar outros dados importantes da exportação brasileira na página de Infográficos Exportações da Logcomex.
Nela você encontra um relatório completo sobre a exportação marítima brasileira em 2021, assim como infográficos e dados sobre nosso Top 5 nas exportações.
Tudo produzido pela equipe Logcomex e, claro, disponibilizado gratuitamente para você!
Como pesquisar informações de exportação no Logcomex Product Intel Export
Essa é a tela inicial do Logcomex Product Intel Export
Vamos pesquisar informações do código NCM de 07133190, para “Feijões das espécies Vigna mungo (l.) Hepper ou Vigna radiata (l.) Wilczek, secos, em grão, mesmo pelados ou partidos”.
Assim, você obtém um panorama completo da exportação do produto.
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