No vasto panorama do setor químico, sem dúvida poucas substâncias desempenham um papel tão diversificado e crucial como o hidróxido de sódio. Esse composto não apenas figura na fabricação de uma ampla gama de produtos, mas também desempenha funções essenciais em atividades cotidianas e processos industriais complexos.
Neste artigo, exploraremos suas aplicações (com destaque para a indústria química) origens globais, estados brasileiros que lideram em importações, principais unidades de desembaraço que facilitam sua entrada no país, modais de transporte preferenciais e tendências mensais que moldam seu fluxo no mercado.
Analisando a indústria química em sua totalidade, ela apresentou, de 2022 para 2023, uma queda percentual de 20% nas importações, saindo de US$ 37,4 bi para US$ 29,9 bi. Após um movimento de alta desde 2020, a produção de outros produtos básicos químicos teve uma queda de 10% nas importações brasileiras em 2023.
Atualmente o segmento vem passando por uma importante desaceleração. Segundo dados a Associação Brasileira da Indústria Química (Abiquim), a demanda nacional por produtos químicos de uso industrial — medida pela soma da produção e importação, menos a exportação — caiu em volume de 4,6% no primeiro semestre de 2023.
De acordo com o IGP-Abiquim-FIPE, o preço médio do produto importado recuou 28,2% no 1º semestre de 2023, na comparação anual, com impacto nos preços do mercado e deflação de 9%. O que pode ser consequência dos custos das matérias-primas básicas, da eliminação do Regime Especial da Indústria Química (REIQ) e da redução das alíquotas do Imposto de Importação de vários produtos em 2022.
Composto pela fórmula química NaOH, é uma substância conhecida como soda cáustica. Sua composição envolve íons de sódio (Na⁺) e íons hidroxila (OH⁻). A indústria química emprega amplamente o composto na fabricação de produtos como papel, tecidos, sabões, detergentes, e em processos de refino de petróleo. Seus usos são:
Confira os números da importação do hidróxido, que impulsiona vários processos e produtos vitais. Sua demanda no mercado internacional reflete sua natureza indispensável e a interconexão global das cadeias de suprimentos. Ele influencia processos industriais e contribui para uma ampla gama de produtos. Em 2023, o Brasil comprou US$ +777 milhões e 2,3 milhões de toneladas do insumo. Veja:
Ao realizar a pesquisa na plataforma, os números obtidos referentes ao período de janeiro a dezembro de 2023 apontaram que os principais países de origem do hidróxido de sódio importado pelo Brasil estão espalhados pelos continentes. Afinal, o resultado da busca indicou origens em países localizados na América, Europa, Ásia e Oriente Médio.
Os principais países fornecedores do insumo são os EUA (com um valor equivalente a US$ +630 milhões), seguidos pelo Peru (US$ +46 milhões) e a China (de quem o Brasil comprou US$ +45 milhões no produto). Outros fornecedores de destaque foram a Bélgica (com pouco mais de US$ 15 milhões) e o Catar (com cerca de US$ 12 milhões).
Dentre os estados brasileiros que importam o hidróxido de sódio, os que se destacam são o Pará (com quase US$ 300 milhões), seguido pelo Maranhão (com aproximadamente US$ 183 milhões) e, finalmente, por São Paulo (que encerra o top 3, tendo importado um valor que representou pouco mais de US$ 100 milhões).
As principais unidades de desembaraço do hidróxido de sódio estão concentradas nos estados localizados nas regiões norte e sudeste do Brasil. De fato, segundo pesquisa na plataforma Logcomex, quem lidera é a alfândega de Belém (tendo importado quase US$ 300 milhões). Seguida pela IRF de São Luís (com uma compra de US$ 183 milhões).
A próxima unidade de desembaraço presente no top 5 é o porto de Santos (que recebeu mais de US$ 122 milhões em hidróxido). Assim como o porto de Paranaguá (que movimentou aproximadamente US$ 88 milhões). Fechando a lista, está a alfândega de Salvador (tendo movimentado pouco mais de US$ 45 milhões só deste composto químico).
Em relação aos modais de transporte usados para importar o hidróxido, o destaque é sem dúvida a via marítima, representando a grande maioria do valor FOB total importado (cerca de US$ 776 milhões). Enquanto que os modais rodoviário (pouco mais de US$ 300 mil) e aéreo (praticamente US$ 100 mil) desempenham papéis secundários nesse contexto.
Para finalizar esse relatório, analisamos mensalmente as tendências de importação do hidróxido em 2023. Assim, identificamos flutuações nos valores FOB, pesos em quilogramas e quantidades estatísticas ao longo do ano. Os meses de março, janeiro e maio foram, respectivamente, onde se importou mais em questão de valor pago.
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