Uma das maiores preocupações dos importadores é garantir que seus processos sejam eficientes e tenham o menor custo possível (o famoso Landed Cost). Nesse cenário, aproveitar os incentivos fiscais deixa de ser um diferencial e torna-se uma questão de sobrevivência no mercado.
Essas vantagens, promovidas tanto em nível nacional quanto pelos estados, possibilitam a redução das alíquotas e melhoram o fluxo de caixa. Porém, com a Reforma Tributária avançando para sua fase de testes em 2026, as regras exigem atenção redobrada.
Neste artigo, atualizado para o cenário de 2026, você entenderá como utilizar esses benefícios para não pagar mais caro do que deveria e como preparar sua operação para o novo sistema tributário.
Incentivos fiscais são medidas legais que garantem a redução, suspensão ou até a extinção das alíquotas de determinados impostos (como ICMS, II, PIS/COFINS). O objetivo é reduzir o "Custo Brasil", tornando os produtos importados competitivos ao chegarem nas cadeias de produção ou ao consumidor final.
Além de aliviar o caixa das empresas, esses recursos servem para promover o desenvolvimento regional, atraindo centros de distribuição e indústrias para estados específicos.
Sem esses benefícios, a importação de Bens de Capital (BK) e Bens de Informática e Telecomunicações (BIT) sem similar nacional seria inviável, prejudicando a modernização da indústria brasileira.
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Para otimizar sua carga tributária, é fundamental dominar as três mecânicas de incentivo:
O ano de 2026 é um marco para o Comércio Exterior brasileiro. É o ano em que começa, na prática, a transição para o novo sistema tributário aprovado na Emenda Constitucional 132.
Para apoiar sua decisão estratégica, compilamos os principais regimes vigentes:
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Estado |
Programa / Regime |
Principal benefício |
Perfil ideal |
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Santa Catarina |
TTD 409 / 410 |
Diferimento do ICMS na entrada + Crédito Presumido na saída. Carga efetiva reduzida (ex: 1% a 3.6%). |
Importadores com filial no estado e alto volume. |
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Rondônia |
TTD Rondônia |
Crédito Presumido de até 85% na saída interestadual. |
Distribuição para Norte/Centro-Oeste e revenda. |
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Espírito Santo |
Invest-ES / FUNDAP |
Diferimento total na entrada (Invest-ES) ou Financiamento do ICMS (FUNDAP). |
Tradings e Indústrias que buscam fluxo de caixa. |
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Paraná |
Paraná Competitivo |
Crédito Presumido levando a carga efetiva a aprox. 1.5%. |
Empresas dispostas a investir em estrutura no PR. |
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Minas Gerais |
Corredor de Importação |
Diferimento + Alíquotas reduzidas setorizadas (Siare). |
E-commerce, Eletrônicos e Distribuição. |
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Pernambuco |
PRODEPE / PEAPE |
Redução de base de cálculo e Crédito Presumido via Suape. |
Hub de distribuição para o Nordeste. |
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A Nomenclatura Comum do Mercosul (NCM) é o código que define a classificação fiscal da mercadoria. Ela determina o enquadramento tributário e o tratamento administrativo do produto, incluindo impostos, licenças e exigências específicas de controle. No Catálogo, cada item é vinculado a uma NCM única.
Vale lembrar que classificações incorretas podem gerar problemas, além de distorcer a análise de risco pela Receita Federal.
Por isso, é essencial que a NCM seja atribuída com base em análise técnica e apoio de especialistas, refletindo fielmente a natureza e a aplicação do produto.
Leia também – Tabela NCM: o que é? Como fazer sua consulta?Com os portos de Itajaí, Navegantes e Itapoá, SC oferece o TTD 409.
O TTD Rondônia (Lei 1.473/05) é agressivo para quem vende para outros estados.
Além do FUNDAP (financeiro), o invest-importação oferece diferimento de 100% do ICMS na entrada.
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Paraná: Exige contrapartidas de investimento, mas oferece segurança jurídica robusta e acesso ao Porto de Paranaguá.
São Paulo: Embora não tenha incentivos de "guerra fiscal" tão agressivos, possui regimes especiais para autopeças, indústria 4.0 e redução de base para bens de capital, focando na industrialização local.
Não olhe apenas para os Estados. o Governo Federal mantém regimes vitais:
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O uso de incentivos fiscais exige inteligência fiscal. Não basta "escolher o estado mais barato"; é preciso analisar a logística, o custo de frete interno e o compliance da operação.
A Logcomex oferece tecnologia de ponta para monitorar e integrar as informações ao seu planejamento de importação, garantindo que você aproveite os benefícios fiscais.
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