Um evento que é referência para o setor logístico no Sul do país, a Logistique este ano aconteceu nos Pavilhões da Expoville, em Joinville, Santa Catarina, do dia 30 de agosto a 01 de setembro, das 13h às 20h.
A feira, reconhecida por trazer bons negócios, excelentes oportunidades de networking e que atrai compradores qualificados, reuniu empresas líderes do segmento.
Separamos, neste artigo, os principais destaques do evento. Confira!
- Desafios Logísticos das Cadeias Produtivas da Região Sul
- Oportunidades de desenvolvimento de novas rotas aéreas cargueiras para a Região Sul
- Tendências e Perspectivas do Frete Internacional
- Desburocratização: Como a tecnologia vem acelerando a superação da ineficiência causada pela burocracia
- Visibilidade avançada para o comércio global
- O elo que liga tudo isso
Desafios Logísticos das Cadeias Produtivas da Região Sul
Neste painel da Logistique, os debatedores Egídio Antonio Martorano – Gerente para assuntos de transporte, logística, meio ambiente e sustentabilidade da Federação da Indústrias de SC (FIESC); João Arthur Mohr – Gerente de assuntos estratégicos da Federação das Indústrias do PR (FIEP) e Ricardo Lins Portella Nunes – Vice-presidente da Federação das Indústrias do RS (FIERGS), trouxeram um contexto sobre os desafios que cada estado enfrenta no segmento logístico.
Os debatedores questionaram, durante sua palestra na Logistique, a falta de investimento em infraestrutura das malhas, relatando as dificuldades que enfrentam nas operações logísticas de seus estados por conta dos projetos negligenciados pelo governo.
Também comentaram negativamente sobre os corredores logísticos, que são mal estruturados, dificultando as operações pelas rodovias.
Segundo eles, com isso, os representantes dos estados não podem ter o orçamento para malhas tão indexado, pois as malhas federais são ruins e isso impacta diretamente a economia.
Afinal — no entendimento deles — se “a economia se movimenta sobre rodas”, o Governo Federal deveria destinar mais investimentos neste sentido,
Ainda segundo os palestrantes, hoje a malha federal está a 20% e a estadual a 9%, sendo que o 2º país que mais tem malha concedida é a China, com 3%.
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Oportunidades de desenvolvimento de novas rotas aéreas cargueiras para a Região Sul
Sobre este assunto, os debatedores Mônica Lamas – Diretora Comercial CCR Aeroportos, René Genofre – Diretor de Produto Aéreo para América do Sul DSV Global Transport and Logistics e Otavio Meneguetti – Diretor Carga Aérea LATAM, trouxeram para sua palestra na Logistique um contexto sobre carregamento de carga em modais aéreos e como criar oportunidades para isso.
Segundo os palestrantes, a carga dentro de um avião ajuda não somente a fechar o custo do voo, mas a baratear também.
Para eles, hoje, os desafios das companhias aéreas é oferecer o melhor serviço possível para o exportador, importador, agente de carga, cargueiros, entre outros envolvidos. Neste sentido, o aeroporto em si funciona como um capitalizador para isso acontecer.
Os debatedores também comentaram, durante sua palestra na Logistique, que com a crise do transporte marítimo, informações sobre a cadeia logística são essenciais para viabilizar negócios para o modal aéreo — e o maior desafio é oferecer benefícios para todos os envolvidos em transporte de mercadorias.
Dessa forma, se torna possível viabilizar o custo de um modal que ainda é visto como “caro” ou, muitas vezes, fora do orçamento.
Afinal, pensando de maneira lógica e racional, quanto mais pessoas estiverem envolvidas nos trâmites para que aconteçam os transportes por aviões, maiores as chances de baratear o custo disso.
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Tendências e Perspectivas do Frete Internacional
Este painel da Logistique foi composto pelos palestrantes Carolina Botelho – Head de Negócios da ES Logistics; Andrei Vinícius da Rosa – Gerente Comercial Nacional na SMX Logistics e tesoureiro do NNI (Núcleo de Negócios Internacionais) e Rafael Felipe Meier – Diretor na AIN Global Importação e exportação Ltda, professor de Comex na Univali e Unisociesc e 2º Vice Presidente do Núcleo de Negócios Internacionais da ACIJ.
Durante sua palestra na Logistique, os debatedores trouxeram uma visão geral sobre o funcionamento de frete internacional, falaram sobre o investimento de novos navios — que começamos a ter em 2020 — e que esses navios estarão finalizados no final de 2022.
Sobre isso, os palestrantes lembraram que isso significa que teremos novas frotas no mercado — o que faz com que a tendência de novas movimentações seja muito positiva.
Em sua palestra na Logistique, os palestrantes deste painel falaram muito sobre a oscilação do frete internacional e como é importante planejar importações por trimestre ou semestre.
Melhor ainda: já iniciar o ano sabendo exatamente o que precisa ser importado, para não sofrer com as alterações dos valores dos fretes.
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Comentaram também sobre como os acontecimentos no mundo impactam o preço do frete — como, por exemplo, o bloqueio do canal de Suez, a guerra entre Ucrânia e Rússia, além dos acontecimentos na China, que influenciam diretamente o mercado internacional.
Frisaram, ainda, o fato de que não é possível ter previsibilidade exata sobre os preços, ou se o frete pode subir ou não.
Segundo eles, tudo é muito imprevisível e não existe frete estável, já que tudo que acontece no mundo pode impactar este valor — e aqui vemos a importância do monitoramento constante das oscilações em relação ao frete internacional.
Neste sentido, comentaram que, para tentar evitar custos extras ou altos, é preciso se atentar a todas as datas comemorativas e acontecimentos anuais, por conta das oscilações.
Lembrando que algumas das principais datas que impactam principalmente o mercado chinês e internacional são o Ano Novo Chinês e a Golden Week.
Ressaltaram que isso comprova a importância de fazer um planejamento bem abrangente — com um agente de carga — e o mapeamento de quais países são impactados com as importações. Afinal, a logística internacional é muito sensível.
Em sua palestra na Logistique, os debatedores pontuaram, ainda, que uma das respostas para a pergunta: “Quais estratégias o importador pode utilizar para tentar fugir das oscilações?” É justamente estabelecer parcerias de confiança (não somente obter fornecedores, mas, de fato, parceiros).
Também citaram a importância de conhecer e entender tipos de fretes, saber quais países estão envolvidos com as mercadorias importadas, a importância de criar um calendário abrangente (semestral ou anual) e antecipar seus processos.
Desburocratização: Como a tecnologia vem acelerando a superação da ineficiência causada pela burocracia
O palestrante Alessandro Dessimoni, Vice-Presidente da Abralog, trouxe uma visão sobre como as companhias burocráticas saem perdendo frente a seus concorrentes.
Isso porque são caracterizadas por especialização em tarefas, regras em excesso, carreirização, entre outros aspectos.
Também apontou alguns dos riscos da burocracia para as empresas:
- Particularismo — defesa de interesses de determinados grupos de poder
- Satisfação de interesses pessoais — nepotismo e corrupção
- Cultura do carimbo — multiplicidade de exigências, papelório e excesso de formalização
- Grupos de poder/hierarquia e individualismo — engessamento do processo decisório, luta pelo poder e vaidades exacerbadas
- Mecanismo — cargos limitados e superespecialização.
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Em sua palestra na Logistique, Alessandro também citou a importância da automatização de processos, da escolha de softwares e sistemas para otimizar as operações, e de contar com um analista de dados para as operações e estratégias da empresa.
Para ele, o futuro das empresas será pensando em menos burocracia e mais tecnologia. Afinal, a tecnologia trouxe como benefícios para as operações: a automatização de processos, racionalização de fluxos operacionais, integração entre plataformas de dados e inteligência empresarial.
Alessandro comentou também em sua palestra na Logistique sobre as quebras de paradigmas culturais favorecidas pela tecnologia, como:
- Viabilização do home office
- Surgimento dos marketplaces
- Criação das companhias transnacionais
- Boom das redes sociais
- Mudança na vida em sociedade/impessoalidade
- Surgimento do metaverso
- Popularização do e-commerce.
Citou, ainda, alguns recursos tecnológicos da Receita Federal que têm facilitado e agilizado tarefas burocráticas. Entre eles:
- Centro Virtual de Atendimento ao Contribuinte (e-CAC)
- Certificado Digital
- Dossiê digital e procuração eletrônica
- Obrigações acessórias.
No processo logístico e de transporte, Alessandro comentou em sua palestra na Logistique sobre o papel da tecnologia — mais especificamente o DT-e:
- Validação eletrônica: leitura de dados por meio de chip acoplado ao veículo
- Sem burocracia: todos os documentos em um único aplicativo
- Sem parar: redução no tempo de parada em postos de fiscalização
- Logística mais eficiente: menos custos, mais eficiência na segurança e transporte de cargas
- Multimodal: integração com Portlog e Porto Sem Papel.
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Por fim, Alessandro apresentou como resultado do uso da tecnologia:
- Aumento da renda per capita em 25%
- Impulsionamento da produtividade
- Potencialização da competitividade das empresas brasileiras
- Maior desenvolvimento econômico do país
- Redução da corrupção.
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Visibilidade avançada para o comércio global
A Logistique também foi escolhida pela Logcomex para iniciar o lançamento de uma nova solução.
Trata-se de uma plataforma de visibilidade, que permite uma visão detalhada dos embarques, desde a logística internacional até o desembaraço aduaneiro.
Com esta nova solução, embarques marítimos (e em breve também os aéreos) podem ser monitorados de ponta a ponta 100% online e em tempo real, trazendo maior controle para as empresas.
A ferramenta envia, diretamente no e-mail/WhatsApp cadastrado, notificações de atualização do status das cargas, além de alertas preventivos sempre que surge algum risco.
Assim, as empresas podem se planejar para cada cenário, evitando prejuízos e protegendo a carga enquanto ainda há tempo de tomar alguma ação.
A decisão de criar esta nova plataforma veio do mapeamento das principais dificuldades dos nossos clientes e da análise dos maiores desafios do mercado de comex.
Como, por exemplo, a demora extrema no desembaraço aduaneiro, causando atrasos e a falta de visibilidade sobre os embarques, que impedem ações proativas em situações críticas, causando custos extras com armazenamento e demurrage (cenários que podem gerar despesas entre R$ 1.5k e R$ 2.5k por dia).
Assim foi desenvolvida a solução em visibilidade da Logcomex, o LogManager: uma ferramenta capaz de reduzir os custos operacionais em até 20%, agilizar o desembaraço aduaneiro em até 40%, além de fornecer insights para basear a tomada de decisão de cada departamento das empresas de comex.
A plataforma é a melhor maneira de unir planejamento estratégico, tático e operacional da logística internacional e aduaneira. Saiba mais sobre ela clicando aqui.
O elo que liga tudo isso
A Logcomex fornece soluções para boa parte dos tópicos de destaque apresentados ao longo da Logistique.
Desde o aumento no volume de fretes para as transportadoras aduaneiras (Desafios Logísticos das Cadeias Produtivas da Região Sul) e a análise de tendências de embarques do mercado de importações aéreas brasileiras (Oportunidades de Desenvolvimento de Novas Rotas Aéreas Cargueiras para a Região Sul) — seja por mercadoria, rota ou empresas envolvidas — que é possível através do uso do Logcomex Big Data; passando pelo monitoramento do frete internacional e a identificação de fornecedores confiáveis, que é possível utilizando a plataforma Logcomex Search; a desburocratização, que pode ser realizada utilizando nossa solução em automação; até o planejamento assertivo de importações, favorecido pela visibilidade avançada dos embarques, fornecida pelo LogManager.
Quer conhecer melhor cada uma de nossas soluções? Acesse nosso site, confira os recursos de cada ferramenta e agende uma demonstração gratuita para ver como elas funcionam na prática.