Localizado na capital do Amazonas, o Porto de Manaus é a principal entrada para a região norte do Brasil e tem como slogan “O coração da Amazônia”. Ele fica há 13 quilômetros da confluência entre os rios Negro e Solimões, é considerado o maior porto flutuante do mundo, possuindo mais de 94 mil m².
Atualmente, o Porto é administrado pelo Governo do Estado do Amazonas, por meio da Superintendência de Navegação de Portos e Hidrovias do Amazonas (SNPH), possui estrutura para o transporte de carga e de passageiros nacionais e estrangeiros. Além disso, conta com amplos pátios para armazenagem de mercadorias provenientes de todas as partes do mundo. Para saber mais sobre um dos grandes portos brasileiros, confira este artigo.
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O Porto de Manaus foi inaugurado oficialmente em 1907. O contexto era o crescimento vertiginoso da demanda pela borracha, cuja matéria prima, o látex, tem sua origem nas seringueiras. A movimentação da região foi responsável por um enorme fluxo econômico, de forma a demandar a criação de uma infraestrutura que correspondesse às atividades.
As obras se iniciaram em 1902, após alguns imbróglios jurídicos e contratuais, e foram executadas pela empresa inglesa “Manaos Harbour Limited”, que gerenciou o porto até 1967. Foi construído um cais fixo de 400m, dois cais flutuantes de 1.200 m².
As obras foram realizadas em várias etapas (finalizadas completamente até 1919):
A estrutura do Porto de Manaus permite o recebimento de navios de todos os tamanhos, inclusive durante as grandes vazantes. O porto está localizado entre a praia de São Vicente e a rampa do Mercado Municipal. De um lado funcionam os escritórios administrativos e da alfândega e do outro os armazéns destinados às mercadorias.
O cais flutuante possui duas partes: uma em formato de T para atracar os navios e o trapiche que liga as balsas flutuantes à ponte. A ponte móvel possui passarela para pedestres, contando com 20 metros de largura.
O flutuante do Roadway conta com cinco berços, totalizando extensão de 253m e o flutuante das Torres com outros cinco berços e 268m. Eles estão ligados por um cais fixo, a partir de duas pontes flutuantes de 100m cada. Além deles, há o “Cais do Paredão”, com 276m e profundidades variando de 2 a 12m e, por fim, o cais da “Plataforma Malcher”, que possui 300m e profundidade de 1 a 11m.
O Porto de Manaus conta também com nove armazéns de carga, totalizando mais de 16 mil m² de área coberta, dois pátios descobertos um com mais de 23 mil m² e o pátio de contêineres com quase 18 mil m².
Para segurança das cargas, o Porto conta com sistema de vigilância 24h, com circuito fechado de TV com 23 câmeras de longo alcance em todos os armazéns, pátios e prédios administrativos, com monitores instalados na guarda.
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Segundo o Plano Mestre do Porto de Manaus, apesar de possuir estação hidroviária de 4. 266 m², a logística da estação hidroviária é prejudicada devido a divisão de espaço entre cargas e passageiros. Segundo o documento, a falta de espaço impede o desenvolvimento de métodos eficazes de carregamento e transporte, de forma a prejudicar a qualidade do serviço.
O terminal de cargas possui área terrestre de 77.660,48 m² e 16.763,05 m² de área flutuante, totalizando 94.423,53 m² de área total. O canal de acesso possui profundidade de 13,5 m² e 18m na área externa. A área dos armazéns é a seguinte:
O Porto de Manaus não possui vias internas, sendo necessário que os caminhões estacionem no próprio cais para carga e descarga. O diagnóstico do Plano Mestre aponta para a necessidade de organização logística do porto e reparos de infraestrutura. A avaliação dos usuários do Porto em pesquisa publicada no Simpósio de Gestão de Projetos, Inovação e Sustentabilidade (SINGEP), em 2017, mostra a dimensão do problema: 70% dos usuários avaliam a estrutura dos atracadouros como ruins ou péssima.
Segundo o Painel Estatístico Aquaviário produzido pela Agência Nacional de Transportes Aquaviários (ANTAQ), o Porto de Manaus registrou movimentação portuária de 3,3t em 2021, uma queda de 16% com relação a 2020, quando registrou 3,9t. Atualmente, o porto ocupa a modesta posição de 54º colocado no ranking de movimentações.
Dentre os principais produtos movimentados estão o petróleo e seus derivados. E dois principais tipos de navegação e sentido são a cabotagem (51,7%) e o interior (45,7%). Apenas 2,6% correspondem a navegações de longo curso.
Apesar dos dados modestos em relação aos maiores portos do país, o complexo portuário do Arco Amazônico, que compreende além do Porto de Manaus, os portos Porto Velho (RO), Santarém (PA), Itaituba/Miritituba (PA), Belém/Vila do Conde (PA), Santana (AP) e Itaqui (MA). Em conjunto, o arco apresentou crescimento de 2,6% em 2021.
Juntos, os portos são os principais canais da região norte do país, incluindo a importante relação da região amazônica com o restante do mundo.
O Porto de Manaus recebeu em 2021 um volume de desembarque de 2,625 milhões de toneladas, quando embarcou 713 mil toneladas, segundo o Anuário Estatístico Aquaviário.
Manaus está entre as cidades brasileiras que mais importam, com déficit de US$ 5.726,82 bilhões em valor FOB . Os principais parceiros são China, Estados Unidos, Vietnã, Coreia do Sul e Taiwan.
Os principais produtos exportados pela cidade de Manaus são:
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