Você já se perguntou o que o Brasil exporta para a China?
Como muitos sabem, o gigante asiático possui uma relação comercial muito boa com nosso país. Entretanto, poucos sabem quais são os produtos que saem daqui para lá e o quão forte é o Brasil na exportação deles.
Por isso, escrevemos esse texto para sanar essas questões e conhecermos mais sobre essa parceria ganha-ganha. Você irá conferir:
Não é novidade que a China é o principal parceiro comercial do Brasil, atingindo patamares altos em 2021.
Em um ano em que nosso país exportou US$ 280 bilhões, 31,3% tiveram a China como destino. Isso representa quase três vezes mais que o valor exportado ao nosso segundo maior parceiro, os Estados Unidos.
Mas para entender como a parceria Brasil-China evoluiu, precisamos fazer uma viagem ao século passado.
Durante a década de 1990, os presidentes Fernando Collor, Itamar Franco e Fernando Henrique Cardoso apostaram no liberalismo econômico no Brasil. Paralelamente a isso, a instauração do Plano Real aumentou a competitividade da nossa moeda, deixando-a bem próxima do dólar e tornando as importações mais baratas.
Uma década mais tarde, no ano 2000, o boom das commodities aumentou a demanda internacional, principalmente a da China, o que fez com que o preço desses produtos aumentasse. A demanda chinesa por nossos produtos só aumentou, com o país asiático se tornando nosso principal parceiro comercial em 2009 – título que mantém desde então.
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Nessa terceira década do século XXI, além de serem os maiores compradores de nossas commodities, os chineses também possuem grandes parcelas de investimentos em nosso país.
Analisando os principais produtos, de acordo com nossos dados, o Brasil vende para a China, principalmente, commodities. Com base em TEUs (twenty-foot equivalent unit ou unidade equivalente a 20 pés), temos:
Uma vez que os chineses são nossos principais parceiros comerciais, era esperado que as exportações brasileiras para a China tivessem grande importância em nossa balança comercial.
Em 2021, 31,3% do total ( = US$ 87 bilhões) de exportações brasileiras teve como destino a China. Esse número foi 29,7% maior que o registrado em 2020.
Quanto às importações, foram US$ 47 bilhões de produtos chineses que entraram no Brasil, representando 21,7% do total. Em comparação com o ano de 2020 houve um aumento de 37%.
Somando as exportações e as importações, Brasil e China movimentaram, em parceria, US$ 135,5 bilhões em todo o ano de 2021, 32,2% a mais que em 2020.
E na busca da diferença entre esses valores encontramos um superávit de US$ 40 bilhões. A propósito, o saldo positivo brasileiro na balança Brasil-China vem aumentando consideravelmente desde 2014.
Nos dados de janeiro de 2022, a China continua ocupando o primeiro lugar no ranking de nossos principais importadores e exportadores.
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A única diferença que houve em comparação com o mesmo período de 2021 foi um aumento significativo de 47% das importações. O fechamento deste mês de janeiro foi de US$ 5.113 milhões importados da China.
Primeiramente, você que tem interesse em exportar para a China deve verificar se esse produto pode entrar no país.
Da mesma forma que temos órgãos como o Inmetro e a Anvisa no Brasil, a China possui seus próprios órgãos de regulamentação e supervisão, que verificam a procedência dos produtos.
São eles que permitem – ou não – a entrada de uma mercadoria no país, de acordo com parâmetros estabelecidos por ele.
Feita essa verificação e confirmada a possibilidade de entrada de seu produto em território chinês, chegou o momento de registrá-lo no órgão que regulamenta os produtos dessa natureza.
O próximo passo é adequar sua mercadoria ao consumo chinês. Nesse momento é importante realizar uma pesquisa de mercado com o objetivo de entender as características, assim como o perfil do consumidor.
E depois disso você precisará preparar o lançamento de seu produto, com estratégias de marketing que despertem o interesse chinês em comprar o que você vende.
Tenha em mente que a tarefa menos complicada é a exportação em si, ou seja, o transporte do produto. Afinal, de nada adianta enviar uma mercadoria para o país se ela não for consumida.
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