A China é o principal parceiro comercial do Brasil. Com baixos custos, grande oferta e variedade de opções, o gigante asiático é referência na importação de produtos. O que mantém o mercado econômico ativo e aquecido. Entretanto, os mais diversos cenários podem afetar essa logística da transição e impactar no comércio exterior, algo que vemos nesse momento. Então como lidar com a instabilidade chinesa?
É o que abordaremos nesse artigo! Acompanhe abaixo para entender mais sobre o mercado chinês, a logística e como as importações podem ser afetadas pelo cenário mundial como um todo.
A China enfrenta uma situação mais delicada em relação à economia. A crescente da Covid-19 na Ásia tem impactado fortemente – mais uma vez – o gigante asiático e o comércio exterior com atraso nas entregas, portos parados e transporte global já apontam instabilidade.
O cenário mundial afeta diretamente a economia, o que inclui também importações e exportações. São diversos fatores que podem influenciar o mercado do comércio exterior. Para entendermos essa ‘causa – consequência’ é necessário compreender ainda que os países estão conectados (neste caso em específico, pela economia) e, por isso, o que acontece com um também afeta os demais.
Sendo assim, além do coronavírus em alta de novo, podemos citar também a invasão russa na Ucrânia como exemplo de fator externo que pode afetar a economia mundial. Nesse caso, especificamente, em relação ao prejuízo com abastecimento de alimentos.
Lembrando que a China exerce papel muito importante na economia mundial. Destaque para o Brasil que registrou 31,3% em importações vindas do país asiático ano passado.
Leia mais: ‘Importação da China: Como o gigante asiático vai continuar a dominar o comércio exterior’
Com o recente aumento dos casos positivos no país, restrições e barreiras foram impostas. As medidas para contenção da pandemia afetaram diretamente o comércio de importações. O lockdown tem causado problemas na estruturação logística. Por exemplo, afetando a importação de insumos para fabricação de remédios, já que 90% da matéria-prima vem do país asiático.
As sanções comerciais são atos com objetivo de desestabilizar a economia de um determinado território ao restringir importações/exportações ou outras trocas comerciais para aquele que descumprir determinada ordem. Como grande potência, a China pode elevar ou prejudicar a economia de outros países.
Exemplo disso é a recente invasão russa na Ucrânia, onde o governo chinês se mostrou contrário a sanções que o bloco ocidental havia decretado contra a Rússia. Em determinada oportunidade, o líder chinês Xi Jinping comparou a cadeia econômica ao funcionamento de uma máquina e que, por isso, nenhuma peça deveria ser retirada para não prejudicar o funcionamento como um todo.
Rússia e China mantêm acordos comerciais. Uma possível sanção econômica ao gigante asiático tem potencial de causar uma hecatombe na economia mundial.
A China abriga sete dos dez maiores portos de contêineres do mundo, destaque para o porto de Xangai (o maior porto de contêineres do mundo). Justamente por esse cenário, os bloqueios provenientes da política de combate ao coronavírus tem causado um gargalo nos portos.
As filas de embarque estão piorando e causando sobrecarga. Mesmo com algumas diminuições de restrições, especialistas afirmam que os estragos já foram causados. Prova disso é uma pesquisa cujo resultado aponta que quadruplicaram os atrasos nas remessas entre o país asiático e os principais portos dos EUA e Europa. O cenário é desde março, quando a China fechou a cidade de Xangai.
Há ainda navios porta-contêineres esperando do lado de fora dos portos chineses congestionados.
Com todo esse cenário ainda há preocupação com o impacto da inflação, devido ao valor do frete de contêineres para importações somado a escassez de fornecimento de peças-chave por falta na cadeia de suprimentos. Especialistas apontam que o frete deve continuar em alta, sem perspectivas de mudanças por enquanto. A situação evidencia um desequilíbrio entre a demanda por serviços de transporte e a oferta de capacidade de portos.
Acima foram listados alguns dos principais problemas causados pela instabilidade na China e como eles podem afetar a importação de produtos e bens do país. Agora, abordaremos possíveis soluções que podem ser a saída e amenizar – ou até resolver – esses problemas.
O objetivo da prática do Hedge Cambial é evitar o impacto da variação do dólar nas operações envolvendo o comércio exterior. A ideia é reduzir ao máximo os prejuízos que possam aparecer, principalmente em importações, exportações e investimentos na bolsa de valores. A prática mais comum é com base no mercado futuro, onde é feita uma estimativa de como a cotação do dólar deve ficar considerando os meses seguintes.
Ao negociar com uma empresa de frete, tente garantir que você tenha um bom volume de encomendas para preencher a embarcação. Dessa forma, você garante que, a longo prazo, você tenha um grande poder de negociação e barganha.
Por fim, tente negociar por períodos maiores, como por exemplo fixar que suas encomendas virão com determinada empresa por 12 meses. A partir daí, fixe o preço que irá pagar para, pelo menos, não sofrer com as flutuações do mercado.
Leia mais: ‘Como encontrar fornecedores da China?’
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Uma das grandes alternativas, é procurar um parceiro para auxiliar no processo de importação e procurar ajuda especializada na importação para a China. Existem diversas empresas que atuam no ramo e tem muito mais experiência nos processos e na negociação com potenciais fornecedores chineses. Assim, você minimiza o impacto das instabilidades e o processo fica bem mais assertivo.
*Esse texto foi escrito pela ST Importações, empresa que realiza operações de importação desde a coleta na origem até a entrega da carga, de ponta a ponta para os mais diversos segmentos da indústria