No Brasil, em 28 de janeiro é comemorado o dia do comércio exterior: uma data fundamental para a economia. Saiba tudo sobre ela neste artigo!

28/01 – Dia do comércio exterior: saiba tudo sobre a data

Você sabia que uma das partes mais importantes da economia brasileira tem uma data só pra ela? Pois é! Dia 28 de janeiro é comemorado o dia do comércio exterior. Uma data muito importante para o profissional do comex e que ressalta a relevância do segmento no dia a dia. Afinal, o comex está ligado a nós direta ou indiretamente através dos itens, bens e serviços que consumimos.

Por isso, nada mais justo do que celebrar o dia do comércio exterior. E olha que tem muita história para ser comemorada e até aprendida! Nesse artigo vamos explicar os principais fatos que culminaram na criação do dia do comércio exterior para dar ainda mais visibilidade à data. Segue a leitura com a gente aqui.

Qual foi a origem do dia do comércio exterior?

Para fazer sentido o dia do comércio exterior, precisamos entender que o comércio exterior passou por muitos períodos e adaptações. Tendo sua origem em 1808, quando D. João VI chegou no Brasil vindo de Portugal e assinou um decreto para abertura dos portos brasileiros. Desde este evento que originou o dia do comércio exterior, foram permitidas as exportações de produtos coloniais.

Como, por exemplo, açúcar, tabaco e algodão — salvo Pau-Brasil — e importações de mercadorias europeias. Na época, por conta dessas transformações, foi feita uma mudança no mercado, responsável por alterar as relações de importação e exportação no Brasil. Assim como modificar a matriz de produtos movimentados. 

Quais as consequências do decreto assinado no dia do comércio exterior?

O decreto foi assinado por D. João VI no dia 28 de janeiro de 1808, data que se tornou o dia do comércio exterior. A assinatura e validação de novas regras afetou muitos portos, como por exemplo, Belém, São Luiz, Recife e outros. O que aumentou a atividade econômica do país, pois comerciantes europeus se instalaram no Brasil, facilitando o acesso a seus produtos, mudando os hábitos da população local.

Outra principal consequência foi o documento permitir que estrangeiros exportassem os produtos coloniais. A única proibição era em relação ao Pau-Brasil. Além disso, a importação de produtos da Europa passou a ser frequente. Essa mudança acabou sendo um pontapé para a emancipação do Brasil, uma vez que a economia começou a crescer devido às movimentações. 

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Linha do tempo do comércio exterior

A mudança e evolução desde a data que originou o dia do comércio exterior são sem dúvida alguma bem mais complexas do que parece. Foram anos de muitas mudanças e atualizações. E, para que vocês entendam todo esse processo, fizemos uma breve linha do tempo para datar os principais fatos envolvendo o comex.

1808 – 1820

Em 1808, a  corte de Portugal chegou e se estabeleceu em solo brasileiro. Pouco tempo depois, em 28 de janeiro do mesmo ano, a Carta Régia de Abertura dos Portos Brasileiros às Nações Amigas foi publicada. A partir daquele momento em diante, o Brasil passou a exercer autonomia inédita sobre o próprio comércio exterior. 

1841 – 1850

No ano de 1844, o governo do Brasil decidiu por bem extinguir o Tratado Comercial com a Grã Bretanha. Como resultado, os custos dos produtos importados aumentou, estimulando a instalação de algumas indústrias no país. Na época, a exportação de café foi impulsionada, mas ainda assim a balança comercial era desfavorável. 

1851 – 1860

Este período representou um marco muito importante para o comércio internacional brasileiro: o primeiro saldo positivo na balança comercial do Brasil foi registrado em 1860. O evento foi possível principalmente por conta das atividades de exportação de café. Na época, eram equivalentes a quase 50% das exportações.

1901 – 1910

Foi nesta década que uma longa fase de expansão do comércio brasileiro começou. O auge do ciclo da borracha estava concentrado na região Norte. A saber, o país correspondia a 97% da produção mundial, na época. Já em 1906, foi posto em prática o Acordo de Taubaté para manter a alta do preço internacional do café, gerando mais lucro aos cafeicultores.

1911 – 1920

Inegavelmente, o grande marco desse período foi a Primeira Guerra Mundial, em 1914. A entrada do Brasil na guerra vem junto com uma crise no setor da cafeicultura, o que fez o governo colocar em prática o segundo plano de valorização do produto. Neste período, as commmodities mais exportadas eram café, açúcar, mate, fumo, cacau, borracha, algodão e couro.

1921 – 1930

Durante esse período, mais especificamente em 1929, houve a quebra da bolsa Nova York. Como resultado, uma crise se alastrou por todo o mundo e afetou muito a economia brasileira do café. A crise coincide com uma extraordinária expansão das lavouras e, consequentemente, uma oferta maior do que a demanda global. A opção do governo para sanar o impasse foi a destruição dos estoques excedentes.

1931 – 1940

Nesse hiato, a crise no setor cafeeiro comprometeu o desempenho do comércio exterior do Brasil. No início do período, grande parte da safra acumulou nos armazéns. Por outro lado, o algodão brasileiro despontou como segundo produto principal de exportação. Em contrapartida, a política de substituição favoreceu o desenvolvimento da indústria nacional. Ainda nesta década iniciou-se a Segunda Guerra Mundial, em 1939.

1941 – 1950

Durante o período da guerra, o intercâmbio comercial do Brasil era feito, principalmente, com os Estados Unidos. Neste ínterim, os preços internacionais do café foram se tornando cada vez mais atrativos. Além disso, a produção e exportação dos grãos voltava gradualmente à posição de destaque na economia do país. 

1951 – 1960

As exportações brasileiras e os destinos dos produtos passaram a ser mais diversificados nesse meio tempo. Logo no inícios dos anos 50, a normalização das trocas internacionais já tinha proporcionado que o café voltasse a concentrar a maior parte das exportações nacionais. Na época, o principal mercado do produto estava no solo americano. 

1961 – 1970

Esse período, com Juscelino Kubitschek à frente do Brasil, trouxe sucessivos aumentos da produtividade, mas sem avanço expressivo do comércio exterior. Produtos como café, açúcar, algodão e minérios ainda eram responsáveis por, pelo menos, 70% da exportação. Mas, na segunda metade da década, produtos manufaturados tiveram um aumento nas exportações do país, saltando de 7% em 1965 para 30% em 1974.

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1971 – 1980

A economia brasileira cresceu de maneira considerável durante esta década. Com efeito, a ascensão no cenário econômico começou em 1967, alcançando taxas de crescimentos anuais acima de 11%. A participação dos manufaturados na pauta exportadora também aumentou em 47% de 1974 a 79, fazendo com que o Brasil conquistasse novos mercados no Oriente Médio e na África.

1981 – 1990

A partir de 1990, outro importante marco entrou para a história do comércio internacional brasileiro. No âmbito da Associação Latino-Americana de Integração, foi firmado o Acordo de Complementação Econômica nº14, com o propósito de consolidar os protocolos de natureza comercial. Além disso, o documento ainda propôs redução tarifária. 

1991 – 2000

No começo da década, foi implementada a abertura comercial com reduções de tarifas de importação e reformulação dos incentivos às exportações. O fluxo comercial foi intensificado e surgiu o Mercosul. A Ata de Buenos Aires foi assinada e fixada em 31 de dezembro de 94. Além disso, a Organização Mundial de Comércio, responsável pela regulamentação do comércio, também foi instituída nesta década.

2001 – 2007

O comércio exterior brasileiro aumentou ainda mais. De fato, a época registrou crescimento da economia mundial e dos preços internacionais dos produtos básicos. Bem como o impulsionamento da diversificação dos mercados importadores e maior produtividade da indústria do Brasil. Fatores estes que favoreceram as vendas. Como resultado direto, alcançaram-se recordes sucessivos neste período.

2008 – 2014

A taxa de crescimento das importações aceleraram, favorecidas pelo câmbio apreciado, enquanto as exportações mantiveram o patamar de crescimento. O movimento das importações foi também influenciado pelo aumento da demanda interna, quando a renda per capita passou crescer. Contudo, este foi o terceiro período de declínio do saldo da balança comercial, mesmo que ainda fosse positivo.

2015 – atualmente

É nesse período que o governo brasileiro começa a automação dos processos das operações de importação e exportação visando agilizar as ações. Desde a formalização do dia do comércio exterior, o setor passou a ser mais desenvolvido e avançado, uma crescente que permanece até hoje. Exemplos disso são, a partir de 2017, os avanços na DU-E, DUIMP, Despacho sobre as águas, OEA e Repetro-SPED.

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