Setor aéreo: quais as suas tendências?

Hoje trataremos do panorama do setor aéreo no Brasil, conhecendo alguns números, e discutiremos algumas das tendências observadas.  Isso porque trata-se do modal ideal, por exemplo, para transporte de cargas perecíveis e de alto valor agregado.  Além disso, ele consegue acessar até mesmo os lugares mais remotos. Acompanhe a leitura.

Panorama do setor aéreo brasileiro 

O volume de cargas transportadas pelo modal aéreo foi amplamente impactado pela pandemia do novo coronavírus (Sars-CoV-2), sobretudo no ano de 2020. Em virtude dos padrões de segurança instaurados mundialmente a fim de evitar a proliferação do vírus, o trânsito aéreo, de pessoas e mercadorias, foi drasticamente reduzido.  

Porém, em setembro de 2021, os dados de transporte já estavam superando os níveis pré-pandêmicos, segundo a Associação Internacional de Transportes Aéreos (IATA). Desde então, o setor vem retornando à sua normalidade e enfrentando outros problemas que surgiram, assim como se atualizando e apontando tendências. 

Só para ilustrar, sabe-se que o modal de transporte aéreo possui pouca participação em nosso país, se comparado com os outros modais. Conforme uma pesquisa realizada pelo ILOS em 2022, esse meio representa 0.05% do total de TKUs (Tonelada Quilômetro Útil) movimentados em nosso país. 

Enquanto isso, o setor de transporte rodoviário é responsável por mais de 60%. 

Apesar disso, uma vez que o setor aéreo transporta inúmeras cargas de alto valor agregado, sua movimentação acaba sendo expressiva em valores. Só para exemplificar, abaixo trouxemos o total movimentado entre os meses de janeiro a abril de 2022 pelos 5 principais aeroportos do país: 

  • Aeroporto de Viracopos: US$ 5,61 bilhões (33 mil toneladas); 
  • Aeroporto de Guarulhos: US$ 4,37 bilhões (35 mil toneladas); 
  • Aeroporto Eduardo Gomes: US$ 2,05 bilhões (7 mil toneladas); 
  • Aeroporto do Rio de Janeiro: US$ 1,30 bilhão (5 mil toneladas); e 
  • Aeroporto de Brasília: US$ 99,69 milhões (62 toneladas). 

Projeções para o setor aéreo do Brasil 

Fato é que certamente o setor ainda está em fase de recuperação. Em 2023, 112,6 milhões de pessoas utilizaram o modal para locomoção, número 5% menor que o registrado em 2019, último ano antes da pandemia. 

Nos últimos anos, as duas principais companhias aéreas do país solicitaram o processo de recuperação judicial, devido às suas altas dívidas. Importante destacar, ainda, o fato de que os custos do setor, sobretudo de combustível, estão aumentando a cada dia, dificultando a manutenção dos negócios. 

Entretanto, sabe-se que o setor aéreo é essencial em nossa economia, o que certamente acelerará sua recuperação. Além disso, o Brasil tem despontado na importação e exportação de aviões, principalmente devido à atuação da Embraer, 3º maior fabricante de jatos comerciais do mundo. 

A atuação da brasileira tem se mostrado expressiva e reflete nos dados de importação e exportação de aeronaves. Entre janeiro e agosto de 2023, só para ilustrar, importamos US$ 653,53 milhões e exportamos US$ 1,10 bilhão nos códigos NCMs referentes aos aviões.  

avião voando e containers
(Fonte: Shutterstock/Reprodução)

Tendências do setor aéreo em números 

Em seguida, veremos algumas tendências do setor aéreo em números. Só para ilustrar, a estimativa era de que, em 2023, o tamanho do mercado mundial de frete aéreo era de US$ 142,77 bilhões. 

E as expectativas para o futuro são positivas: estima-se que ele atinja US$ 190,30 bilhões até 2028, crescendo cerca de 5,92% ao ano no período. Apenas de janeiro a julho de 2021, com o objetivo de atender à crescente demanda, o número de aviões cargueiros aumentou 12%.  

Segundo dados da Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC), em 2022 a movimentação foi de 1,42 milhões de toneladas no modal aéreo brasileiro. Esse é o recorde histórico de movimentação e, a saber, 70% do total é composto por cargas internacionais pagas. 

As cargas internacionais cresceram cerca de 12% em comparação a 2012 e, assim, foram as principais responsáveis pelo desempenho recorde. Só para ilustrar, as principais rotas do modal aéreo brasileiro envolvem os aeroportos de Guarulhos e Campinas (São Paulo) e de Manaus (Amazonas).

Futuro do setor aeroportuário brasileiro 

Por fim, vamos conhecer algumas tendências para o setor aéreo para o ano de 2024 e os subsequentes. 

Como vimos anteriormente, apensar de representar uma parcela pequena da movimentação brasileira de carga, o setor aéreo é responsável por grandes movimentações em termos de valores. Isso acontece, principalmente, pela sua segurança e agilidade. 

Além disso, o modal de transporte aéreo é essencial para o sucesso de entregas rápidas e emergenciais em qualquer região, inclusive as mais remotas. É o caso, por exemplo, de medicamentos perecíveis, que devem ser armazenados e transportados de maneiras distintas que outras cargas. 

Após esse breve panorama, veremos algumas das tendências para o setor aéreo. 

Sustentabilidade 

Em primeiro lugar, temos a sustentabilidade. Cada vez mais os consumidores e, por consequência, as empresas têm se preocupado com os impactos ambientais de suas ações. 

Podemos dizer que existe uma “corrida verde”, em busca de práticas mais sustentáveis como um todo. E com a logística aérea não seria diferente: algumas das principais pesquisas encontradas atualmente buscam uma alternativa mais sustentável ao querosene de aviação. 

O uso da tecnologia possibilita a otimização de recursos não-renováveis – como o combustível – e permite que eles sejam mais bem aproveitados. Existe, inegavelmente, um movimento em busca de práticas mais sustentáveis no setor aéreo. 

Crescimento do frete aéreo 

De acordo com a Fly Lines, a previsão é que nos próximos 20 anos 2.800 aeronaves de carga estejam sendo utilizadas. 

Para que isso se concretize, a logística do setor aéreo está se inovando como um todo. 

Maior capacidade de carga 

Em terceiro lugar, temos a maior capacidade de carga. Como resultado da maior demanda pelo modal de transporte aéreo, as empresas estão desenvolvendo aeronaves com maior capacidade de carga. 

Isso envolve, a saber, tanto o aumento das aeronaves de carga disponíveis para transporte, quanto a introdução de mais equipamentos. Dessa forma, ao buscar alternativas de suprir tal demanda, inevitavelmente são procuradas maneiras de otimizar a logística aeroportuária

Por consequência, a capacidade de transporte nas aeronaves torna-se maior. 

(Fonte: Shutterstock/Reprodução)

Tecnologias de automação 

Por fim, vamos olhar um pouco para as tecnologias de automação, já utilizadas nos maiores terminais aéreos do mundo. Com elas, é possível: 

  • garantir mais segurança nos embarques a partir de maior eficácia na armazenagem e distribuição; 
  • gerenciar grandes volumes de dados, trazendo eficiência às operações logísticas e no desenvolvimento comercial; 
  • reduzir o consumo de combustível, a partir da utilização de sistemas de navegação de satélite para otimizar as rotas; e 
  • melhorar o processo de tomada de decisão a partir da análise automatizada de dados. 

Importante dizermos, ainda, que as autoridades estão buscando formas de reduzir as burocracias e facilitar a entrada de tecnologias e de inovação no setor. 

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