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Tipos de exportação: quais são? Quais escolher?

Written by Redação Logcomex | 29.4.2022

Em síntese, exportação é o processo de saída, de forma definitiva ou temporária, de produtos do território nacional com destino ao exterior, proporcionando uma forma de aumentar a competitividade de uma empresa no mercado global, ampliando seu negócio para além das fronteiras terrestres. Com ela, surgem as possibilidades de:

  • Aumentar a capacidade de inovação e modernização das linhas de produção;
  • Alcançar maior credibilidade com o fortalecimento da imagem da empresa dentro e fora do país;
  • Evitar a sazonalidade do mercado interno, dependendo do produto comercializado;
  • Conquistar novas parcerias.

Neste artigo, traremos os principais tipos de exportação disponíveis. Você irá conferir:

Quais são os tipos de exportação?

Os tipos de exportação estão relacionados com o nível de envolvimento do fabricante do produto no processo. Por isso, entender o seu papel, as vantagens e desvantagens envolvidas em cada um dos cenários fará toda a diferença no momento de decidir quando, como, para onde e para quem fazer negócios.

Exportação direta

Na exportação direta, a operação é realizada diretamente entre o exportador e o importador sem qualquer envolvimento de intermediários no processo.

Neste tipo de operação ,o exportador, estando ele no papel de fabricante do produto, será o responsável por todas as etapas do processo, a saber:

  • Pesquisa de mercado;
  • Contato direto com o importador;
  • Negociação;
  • Disponibilização do produto;
  • Cumprimento de todos os requisitos legais exigidos pelo país de origem e de destino;
  • Emissão de toda a documentação de exportação, inclusive da nota fiscal de exportação;
  • Despacho de exportação do produto junto à Receita Federal do Brasil (RFB);
  • Embarque do produto, de acordo com o Incoterm (Termos Internacionais de Comércio) negociado entre ambas as partes (importador e exportador).

Leia mais: Incoterms: o que são? Quais os principais tipos? Quais escolher?

Aqui, o exportador precisa ter amplo conhecimento de tudo o que envolve uma operação, uma vez que precisará atuar em cada uma das etapas do processo, além de estar habilitado no Radar Siscomex (Registro e Rastreamento da Atuação dos Intervenientes Aduaneiros) para poder operar no comércio exterior.

Vantagens

Na exportação direta o exportador tem acesso a benefícios fiscais que podem torná-lo mais competitivo no mercado internacional, assim como aumentar sua margem de lucro.

Os benefícios fiscais são:

  • O não pagamento do Imposto de Exportação (IE), exceto para os casos de exportação de armas e munições, suas partes e acessórios, e de cigarros que contenham tabaco para determinados países da América do Sul e América Central, inclusive Caribe;
  • Imunidade do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI);
  • Não incidência do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS);
  • Isenção de PIS/PASEP-Faturamento (Programa de Integração Social / Programa de Formação do Patrimônio do Servidor Público) e COFINS-Faturamento (Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social) para empresas submetidas ao regime cumulativo;
  • Não incidência de PIS/PASEP-Faturamento e COFINS-Faturamento para empresas submetidas ao regime não cumulativo.

Portanto, será tributável somente pelo Imposto de Renda Pessoa Jurídica (IRPJ) e pela Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL) havendo eventual lucro, renda ou proventos decorrentes da operação de exportação.

Nestes tipos de exportação, o exportador tem total controle de cada etapa de seus processos, podendo ele gerir não somente o processo em si, mas também o seu posicionamento no mercado internacional, a construção de sua marca, uma relação de confiança com seu cliente, a formalização de novas parcerias, além de planejar, colocar em prática e adequar suas estratégias de marketing e de venda do seu produto.

Leia mais: Os principais produtos exportados do Brasil para os EUA

Desvantagens

Uma das desvantagens da exportação direta é a necessidade de investimento por parte da empresa, que pode ser bem alto. Será necessário o desenvolvimento da marca, de novos mercados e captação de cliente no mercado externo, bem como na realização da operação de exportação com custos aduaneiros e logísticos.

A empresa ainda precisa contar com uma equipe de profissionais capacitados para então poder operar no comércio exterior sem erros e sem grandes prejuízos.

Exportação indireta

Na exportação indireta o produto será exportado por meio de terceiros, visto que não há uma relação direta entre o dono do produto e o cliente, neste caso, o importador.

Nestes tipos de operação a exportação é realizada por meio de agentes intermediários, que pode ser uma Trading Company ou Empresa Comercial Exportadora, especialistas em Comércio Exterior.

Além disso, os intermediários efetuam a compra dos produtos dos fabricantes e realizam a sua exportação, sendo os responsáveis por todos os trâmites envolvidos na efetivação dela.

Vantagens

Na exportação indireta a empresa pode ter total foco na sua expertise, que é a fabricação de seu produto, uma vez que não precisará adquirir conhecimento nem dedicar tempo e atenção a todas as etapas e trâmites que a operação exige. É mais simples e envolve menor burocracia para a empresa fabricante, que assim economiza recursos financeiros e humanos, além de tempo.

Ela deverá se preocupar somente com a fabricação de um produto de qualidade e localizar em território nacional uma empresa intermediária especialista em Comércio Exterior.

Desvantagens

Como não há o envolvimento da empresa no processo de exportação neste tipo de operação, dificilmente ela conseguirá construir sua marca e se firmar no mercado internacional, além de não ter nenhum controle sobre o seu produto e o mercado que será atingido.

Consórcio de exportação

O consórcio de exportação é um conjunto de empresas que se unem de forma estratégica com o intuito de realizar a exportação de seus produtos por meio de ações conjuntas no comércio exterior. Sendo assim, todas as atividades são desenvolvidas e realizadas de forma coletiva, desde a pesquisa de mercado até a efetivação da exportação dos produtos.

Essa união normalmente é formalizada por meio de um contrato, que predefine a capacidade individual de cada uma das empresas participantes do consórcio, além das características comuns entre elas. Todas elas adotam um compromisso, com direitos e deveres, respeitando todas as condições, normas e regulamentos estabelecidos.

Por fim, todas as empresas devem atuar dentro de um mesmo setor econômico, com características semelhantes. Estes produtos devem ser complementares entre si, ou do mesmo segmento, desde que não provoquem uma competição entre si.

Vantagens

Com o consórcio de exportação, as empresas conseguem reduzir os custos com a promoção dos produtos no mercado externo e os custos aduaneiros e logísticos, uma vez que todas as despesas envolvidas em todas as etapas são divididas entre as empresas participantes do consórcio.

Sem falar em todo conhecimento e experiência adquirida pelas empresas em relação à operação de exportação e tudo o que envolve o comércio exterior, assim como o fácil acesso às entidades de crédito. 

Desvantagens

As empresas participantes do consórcio de exportação não têm a oportunidade de divulgar a marca, tampouco decidir de forma individual em qual mercado irão atuar, visto que todo o trabalho é realizado de forma conjunta com o objetivo comum de exportar os produtos através do desenvolvimento do consórcio.

Qual o tipo de exportação devo escolher?

Em suma, não há um único formato ideal que possa ser considerado. O tipo de exportação deve ser escolhido de acordo com o momento que a empresa e o seu negócio se encontram.

Antes de escolher dentre os tipos de exportação existentes a empresa precisa primeiramente responder às seguintes questões:

  • Qual o objetivo da empresa? Ela quer simplesmente exportar seu produto ou ela quer ter o controle sobre todas as etapas do processo?
  • A empresa tem conhecimento e experiência suficiente para atuar com Comércio Exterior ou ela necessitará da ação de uma empresa intermediária?
  • Ela tem recursos, conhecimento e experiência suficientes para desenvolver mercado e cliente e para arcar com todos os custos envolvidos em uma operação de exportação direta? Ou necessitará pensar em realizar uma exportação indireta ou participar de um consórcio de exportação?

Então, respondendo a essas perguntas, a empresa saberá qual entre os tipos de exportação escolher. Por isso é tão importante entender o real objetivo da empresa, saber onde ela está e aonde quer chegar, com foco, planejamento e responsabilidade.

Como pesquisar informações de exportação no Logcomex Product Intel Export

Essa é a tela inicial do Logcomex Product Intel Export

Vamos pesquisar informações do código NCM de 07133190, para “Feijões das espécies Vigna mungo (l.) Hepper ou Vigna radiata (l.) Wilczek, secos, em grão, mesmo pelados ou partidos”.

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