Hoje em dia, a soja está presente diretamente no nosso cotidiano, mesmo que nem sempre percebemos o grão lá. Ele aparece de diversas formas, como leite, proteína vegetal e até mesmo óleo. O Brasil, inclusive, é um dos maiores produtores do cereal no mundo, segundo a Companhia Nacional de Abastecimento (CONAB). Justamente por isso, o volume de exportação da soja para outros países também é destaque mundial.
Neste artigo, falaremos sobre a produção do grão, como a exportação impulsiona o mercado e a importância desta cultura no país e no mundo, principalmente, com o Brasil somando dados positivos com as negociações e até batendo recordes de exportação.
Você irá conferir:
O que é exportação de soja
Exportação é quando um produto, bem ou item é levado de seu país de origem para outro. Os grãos fazem parte dessa tabela de alimentos produzidos no Brasil e, posteriormente, comercializados com o exterior.
O mercado de soja tem se expandido, hoje, o cultivo é feito principalmente nos cerrados do Centro-Oeste e nas regiões do Norte e Nordeste. O volume de produção atende as demandas nacionais e internacionais, já que o item é muito usado.
A cultura da soja está fortemente presente na mesa do brasileiro, causando também mudança e variedade na alimentação. É comum vermos proteínas à base de soja, leites de e até mesmo o óleo utilizado na cozinha. O mesmo óleo vegetal tem saído mais de 70% da matéria prima para produzir o biodiesel brasileiro. Por fim, a soja também é encontrada em maquiagens, tintas e espumas de colchões, através de um polímero (poliol).
A oleaginosa também é importante para outros países. A exportação do grão e utilização dele foi responsável, inclusive, pela diminuição da fome endêmica na década de 1980 por conta do baixo custo e alto valor nutricional. Além de servir, hoje, como base da composição da maior parte das fórmulas para a ração animal, girando a cadeia alimentar mundial.
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Como funciona a exportação de soja
O transporte dos produtos agrícolas para exportação, como a soja, é feito através de três principais modais: ferroviário, rodoviário e hidroviário.
Tudo começa no campo, onde é realizada a colheita e processamento dos grãos – transformando-os em farelo e óleo, além dos grãos. Os produtos são carregados em caminhões e seguem para portos através das estradas brasileiras.
Também são utilizadas rotas hidroviárias, por rios dentro do país, como vias de acesso para os mercados consumidores do exterior referente a produção da soja, principalmente, no Centro-Oeste do Brasil.
O rio Madeira, em Porto Velho, é um exemplo desse acesso, já que o custo para seguir por ele é inferior comparado ao escoamento do produto feito pelo porto de Santos ou Paranaguá.
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História da soja no Brasil
A soja que conhecemos e cultivamos hoje em terras brasileiras, é muito diferente da ‘soja original’, cultivada e plantada na costa leste da Ásia, principalmente na China. Antes plantas rasteiras, a oleaginosa que conhecemos hoje é proveniente da evolução e cruzamentos naturais entre espécies ao longo dos anos.
Segundo a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), as primeiras citações do grão foram datadas no período entre 2883 e 2838 AC, quando o grão era considerado sagrado.
Voltando a períodos não tão distantes, até 1984 a produção de soja era restrita à China. O grão chegou na Europa apenas no final do século XV, adentrando aos jardins botânicos da Inglaterra, França e Alemanha.
No Brasil, o commodity chegou ainda mais tarde, tendo seus primeiros registros de cultivo apenas no final da década de 60. Foi nesse período que o país começou a enxergar a soja como um produto comercial que influencia no mercado mundial de produção do grão. O item veio como opção de verão, em sucessão ao trigo, principal cultivo da época.
Em meados de 1970, o preço da soja no mercado mundial disparou, chamando atenção de produtores e do governo brasileiro. Uma vantagem competitiva era o cultivo da soja no Brasil ser feito na entressafra americana, quando os preços atingiam as menores cotações. Desde então passou a ser investido mais em tecnologia e adaptação da lavoura para as condições nacionais.
Já em 1996, a produção comercial da soja era algo necessário e de estratégia econômica, sendo produzidas cerca de 500 mil toneladas no país.
Os investimentos em pesquisa possibilitaram a chamada ‘tropicalização da soja’, possibilitando que o grão fosse plantado em regiões de baixas latitudes. A conquista impactou o mercado entre as décadas de 80 e 90, quando o preço do grão começou a cair.
Com toda essa jornada, hoje o Brasil se tornou um dos líderes mundiais na produção de soja, junto com os Estados Unidos, Argentina, Paraguai e Índia.
Exportações a nível mundo
Segundo dados da Associação Nacional dos Exportadores de Cereais (Anec), o Brasil exportou 86.628 milhões de toneladas de soja em grãos em 2021. Esse número representa um aumento de 5,2% comparado ao ano anterior, quando foram exportadas 82.298 milhões de toneladas de grãos.
O mês de dezembro de 2021 já apontava um recorde. O volume chegou a 2,524 de toneladas, em comparação com apenas 161 mil toneladas no último mês do ano de 2020.
Em farelo de soja, as exportações chegaram a 16,817 milhões de toneladas. Número também maior, somando 0,37% de aumento, se comparado ao mesmo período de 2020.
O recorde anterior, ainda segundo a Anec, foi alcançado em 2018, quando o Brasil exportou 83.78 milhões de toneladas de soja.
Exportações a nível Brasil
Sendo um dos principais itens de produção no país, a soja continua batendo recordes também dentro do país. O item marca presença na mesa de muitos brasileiros, principalmente de veganos, vegetarianos e intolerantes à lactose. O grão é transformado em proteína vegetal, farelo, leite e usado até como óleo.
A grande utilização do commodity é reflexo da intensa produção em diversas regiões do país, principalmente no Centro-Oeste.
Recordes batidos na exportação
A exportação de soja em grão no país aumentou 260% no primeiro bimestre de 2022, comparado ao mesmo período do ano passado. Nos dois primeiros meses deste ano somaram 9,7 milhões de toneladas. Já no de 2020, foram 2,7 milhões. A marca aponta um novo recorde.
Especialistas apontam desenvolvimento atípico da safra do ano passado, o que gerou alta na produção. Anteriormente, o recorde bimestral também havia sido registrado em 2018, com 7 milhões de toneladas exportadas dentro do país.
Projeções para a exportação
Para esse ano a produção da soja é encarada como um desafio por especialistas, já que as projeções apontam uma relativa estagnação na produtividade do grão. A média nacional fica em 3,3 toneladas por hectare.
Entre essa relativa estagnação podem ser apontadas falta de assistência técnica em propriedades, ocorrência de problemas climáticos, como secas no ciclo de produção e chuva na colheita, e também a introdução em regiões do sistema de produção três safras por ano, que permite rentabilidade ao produtor, mesmo com produção mais baixa da cultura.
A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), inclusive, no começo deste ano divulgou que a safra de soja no Brasil na safra 2021/22 foi estimada em 125,5 milhões de toneladas. Um corte de 15 milhões de toneladas, comparado ao que foi divulgado anteriormente. Por isso, a Companhia, por hora, não vê mais uma produção recorde.
Oportunidades com a exportação de soja
As exportações da soja trouxeram para o mercado brasileiro a competição internacional, o que desafia os agricultores locais a investirem e disputarem mercado com os melhores e mais desenvolvidos no mundo. Com essa disputa, o mercado se mantém aquecido, gera empregos diretos e indiretos, gera renda e também ajuda a fomentar a implementação de novas tecnologias no campo.
Com o segmento em disparada, o mercado agrícola brasileiro continua em destaque e ainda proporciona desenvolvimento da classe rural.
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