A queda nas importações da Costa Leste da América do Sul deixou o comércio internacional em estado de alerta.
De acordo com o gráfico abaixo, as importações caíram por volta de 11% em relação ao mesmo período do ano anterior.
Com uma movimentação de 657.423 contêineres, o baixo volume evidencia os impactos econômicos do COVID-19 no comércio exterior.
Entre os motivos que influenciam a baixa nas importações para a Costa Leste da América do Sul, o alto valor do câmbio e a diminuição na demanda das empresas por produtos e equipamentos importados estão entre os principais.
O equilíbrio da oferta e demanda entre os armadores e o segmento de transporte marítimo tem colaborado para manter o valor de frete e os lucros em um nível aceitável, o que contribui para a estabilidade de todos os outros setores envolvidos, como OTIs e terminais portuários.
Embora o volume das exportações tenha sido maior do que o volume das importações, as exportações também registraram queda, com um resultado 10,3% menor do que o mesmo período do ano passado.
Os produtos com maior queda na exportação são os veículos automotivos (-50,1%) ,carnes de aves processadas (-38,6%) e celulose (-24,9%).
A expectativa é que haja uma retomada nas importações nos próximos meses, de acordo com os dados da balança comercial divulgados pelo Ministério da Economia, que indicam que o Brasil teve superávit comercial de 8,1 bilhões de dólares no mês de julho, o maior nos últimos 31 anos.
Para o longo do ano, o Ministério da Economia prevê um superávit de 55,4 bilhões de dólares para as trocas comerciais, saldo cerca de 15% maior do que no ano passado.