É difícil prever o futuro. Porém, com dados e o entendimento dos acontecimentos recentes, é possível criar análises preditivas para tentar antecipar futuras crises. Por isso, é importante estar atento às perspectivas para a exportação marítima.
Neste artigo, você vai poder entender um pouco mais sobre o cenário marítimo no Brasil e ter acesso a um depoimento de um especialista sobre o assunto. Vamos lá?
Além da desaceleração econômica no mundo e do desequilíbrio entre oferta e demanda (que se tornou uma barreira para o comércio exterior), a pandemia também trouxe desafios para as exportações concluírem seus percursos.
O Brasil é um grande exportador de alimentos, que muitas vezes são perecíveis e necessitam de contêineres refrigerados.
Durante o período de isolamento, em alguns países não havia disponibilidade de transportadoras para retirada das cargas do porto, o que causou congestionamento e falta de pontos de energia disponíveis para contêineres refrigerados, e muitas cargas precisaram ser descarregadas em outro porto, algumas vezes até em outro país (que não o de destino).
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Mesmo com o início da aplicação da vacina e medidas de isolamento mais flexibilizadas, ainda é possível notar alguns desafios, como a falta de contêineres e congestionamentos em alguns portos do mundo.
Pensando nisso, o blog da Log entrevistou Duílio Oliveira, Diretor da empresa de agenciamento de cargas Vixen Logistics, para contar um pouco dos principais desafios e compartilhar algumas dicas para superá-los. Olha só o que ele compartilhou com a gente:
Quais são os desafios e dificuldades em realizar exportação no modal marítimo? E como superar esses desafios?
Disponibilidade de espaço nos navios, falta de equipamento (contêineres) e instabilidade dos preços dos fretes marítimos são algumas das dificuldades enfrentadas para realizar exportações via modal marítimo no cenário atual.
Para superar esses desafios é importante que o exportador:
Quais fases você considera indispensáveis para realizar uma exportação no modal marítimo?
Respondo essa questão considerando que o exportador já tenha realizado a negociação de venda de sua mercadoria, já tenha decidido INCOTERMS etc., e resumo em dois pontos primordiais.
A primeira fase (e na minha concepção a mais importante) é a de definição do agente de cargas responsável por este embarque.
Deve-se analisar todos os custos e condições das propostas nas cotações de frete recebidas, o histórico do agente e se este está apto para atender as necessidades do exportador.
A definição dos prazos também é de suma importância (prontidão da mercadoria, coleta do contêiner vazio, estufagem, entrega, embarque e prazo final de onde se encerra a responsabilidade do exportador).
Divulgação desses prazos para todos os stakeholders envolvidos, para que consigam se programar de acordo e, com isso, sejam evitadas surpresas desagradáveis.
Como um serviço de qualidade pode ajudar os exportadores?
Um serviço de qualidade no agenciamento de cargas ajuda a dar mais tranquilidade para que os exportadores foquem naquilo que é mais importante, ou seja, o seu produto.
Isso faz com que o consumidor sinta um grau maior de confiança na empresa e no produto, agrega um diferencial competitivo para a empresa e pode facilitar o acesso a novos mercados, ou nichos de mercado (em alguns casos), aumento de vendas, crescimento da produtividade, melhora da qualidade do produto, aumento do market share e menor dependência ao mercado interno.
Você consegue perceber alguma tendência de exportação para os próximos anos?
O novo cenário está demandando reorganização urgente. Mesmo em tempos de crise surgem oportunidades, novos começos e desafios.
Sem uma base sólida para tomar decisões, já que não há estimativa para o fim desta crise, o longo prazo deve ser o caminho trilhado pelas empresas para a próxima fase, tudo ainda é bastante incerto, pois a pandemia continua.
Por conta da queda das vendas no mercado nacional, houve uma crescente participação de micro e pequenas empresas na exportação, facilitado pelo programa do PNCE (Plano Nacional da Cultura Exportadora).
Os negócios do Brasil com o exterior não pararam durante a pandemia. E isso se deve ao fato de nosso país, inclusive a alfândega, ter investido muito em tecnologia e sistemas nos últimos anos, o que permite que hoje muitas atividades sejam realizadas remotamente.
Segundo o Ipea, para 2021 o crescimento das exportações deve ficar em uma faixa de 10% a 15%. Em valores, isso significaria algo entre USD200 bilhões e USD230 bilhões, a depender do valor efetivamente registrado em 2020.
Houve mudanças a curto, médio e longo prazo na população mundial. Quando os hábitos de consumo mudam, as demandas por compras também mudam.
Analisando as exportações via modal marítimo no Brasil é possível perceber como estão esses hábitos de consumo e ter uma ideia do que irá acontecer nos próximos meses e anos.
De acordo com pesquisa da Cushman & Wakefield, 73,8% das empresas estão dispostas a migrar definitivamente para o trabalho remoto.
Vale ressaltar que, antes da pandemia, quase 43% das empresas nunca tinham adotado esse método. Isso quer dizer que já se pode estudar os hábitos pós pandemia neste sentido.
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Com a recuperação da economia serão necessários mais recursos para a produção, como o minério de ferro e sucata industrial que produz o aço, utilizado em máquinas, eletrodomésticos e cabos de movimentação.
Outro exemplo é que, com as pessoas passando mais tempo em casa, elas demandam novos móveis e a demanda por madeira aumenta em muitos países.
Com o avanço das vacinas, recuperação da China e Estados Unidos (que são os principais mercados consumidores de produtos brasileiros) e a ascensão do e-commerce, as exportações de bens de consumo aumentam, o que inclui vestuário, calçados, produtos de higiene e beleza.
Ainda se espera que o Brasil possa agregar mais valor a seus produtos e diversificar o seu mercado na exportação.
Essa é a tela inicial do Logcomex Product Intel Export
Vamos pesquisar informações do código NCM de 07133190, para “Feijões das espécies Vigna mungo (l.) Hepper ou Vigna radiata (l.) Wilczek, secos, em grão, mesmo pelados ou partidos”.
Assim, você obtém um panorama completo da exportação do produto.
Você tem acesso a valor exportado, peso exportado, diferenciação por NCM, modais, país de destino, unidades de desembaraço, exportações por estado e detalhes dos embarques. Se interessou? Agende uma demonstração!