Sendo o principal país exportador do mundo, é de se esperar que a importação da China tenha grande destaque no Brasil. O país asiático é nosso principal parceiro comercial tanto nas importações quanto nas exportações.
Se tratando da Poder de Compra (PPC) e não o Produto Interno Bruto (PIB), China já ultrapassou os Estados Unidos como maior economia mundial.
O país também promete se consolidar como a maior potência até 2025 com o plano “Made in China”. Há algum tempo, seus produtos deixaram de ser considerados de baixa qualidade — pelo contrário! A grande tecnologia e maior velocidade nas operações logísticas do país ajuda no desenvolvimento de produtos cada vez melhores.
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Entre as vantagens de se importar da China estão a grande variedade de fornecedores e produtos e preços mais competitivos das mercadorias. E a principal vantagem em exportar para a China é a alta demanda do país por commodities brasileiras.
Você irá conferir:
A pandemia do coronavírus ainda continua afetando o comércio internacional. Dados da Organização Mundial de Comércio (OMC) mostraram que o comércio mundial de serviços teve uma redução de 19.9% em comparação à 2019.
No Brasil, o valor caiu de US$ 95 bilhões para US$ 75 bilhões, representando uma queda de 26%. Mesmo assim, a balança comercial brasileira do primeiro semestre registrou alta, tanto nas importações quanto nas exportações, o que resultou em superávit graças à grande demanda mundial por commodities.
No primeiro semestre de 2021, as exportações brasileiras com destino à China aumentaram 37.7% e as importações 25.9% comparado ao mesmo período do ano anterior.
Em relação à China, em 2020 o seu PIB teve um crescimento de 2.3% segundo dados do Banco Mundial. A instituição ainda prevê que o Produto Interno Bruto do país irá crescer para 8.5% em 2021. As exportações chinesas cresceram 67% no primeiro quadrimestre de 2021, enquanto as importações tiveram uma leve queda de 1% no mesmo período.
Quando analisamos as importações, entre janeiro e outubro de 2021, o Brasil importou US$ 39,2 bilhões da China, sendo o principal parceiro comercial do país.
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De acordo com dados da Logcomex, os principais produtos importados da China para o Brasil, entre janeiro e outubro de 2021 foram:
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Como importar produtos da China?
Para conseguir importar produtos da China, é necessário realizar
Existem algumas maneiras para encontrar fornecedores na China, como:
Para fazer bons negócios com fornecedores vindo da China, é importante seguir algumas dicas:
Os desafios para importar produtos chineses por conta da pandemia continuam: os altos valores de frete, a demora nos embarques dos portos marítimos (cerca de 60 dias) e a alta disputa por espaço nos navios são apenas alguns deles.
As empresas importadoras também precisam ficar atentas com a variação cambial que afeta diretamente os custos de importação e os operacionais. Relembre os desafios que os importadores passaram entre 2020 e 2021:
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Disparada no valor dos fretes, falta de contêineres, gargalos logísticos e paralisações de portos em razão da Covid-19: esses são os principais obstáculos que o Comércio Exterior internacional tem enfrentado desde 2020.
Em fevereiro de 2020 o mundo já sentia as primeiras consequências da pandemia. A extensão do Feriado Chinês em 2020 impactou o transporte logístico internacional. A interrupção das atividades em razão do Ano Novo Chinês, que inicialmente seria entre 24/01/20 e 30/01/20, foi estendida até 03/02/20 em razão do vírus, o que acarretou mais atrasos nos embarques de mercadorias.
O desequilíbrio entre oferta e demanda de produtos a nível mundial provocou o acúmulo de contêineres em determinados portos da China, o que se deu pela redução do número de embarques na região provocado pelas medidas de isolamento social (que impediram que os contêineres fossem retirados dos portos) e grandes atrasos na cadeia de suprimentos.
Esse impacto é sentido no Brasil até hoje e exportadores relatam dificuldade em encontrar contêineres vazios. Muitos buscaram soluções mudando o modal de transporte, o tipo de container ou separando a carga em lotes para não utilizar a capacidade total do container (Embarque LCL: Less than Container Load).
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O sentimento para o início de 2021 era esperança e a grande expectativa era a chegada da vacina. Porém, a lentidão da imunização dos trabalhadores portuários foi um banho de água fria.
A “International Chamber of Shipment“ estima que cerca de 40 mil trabalhadores portuários da área marítima se vacinaram ao redor do mundo, o que representa apenas 2.5%.
Isso é preocupante, uma vez que na hipótese de um ou mais funcionários portuários contraírem a doença, uma grande parte dos portos fecham ou reduzem a quantidade de pessoas trabalhando.
Como resultado, o serviço de transporte fica sobrecarregado e não consegue atender a demanda mundial em tempo hábil.
A paralisação dos principais portos chineses piorou a crise do transporte marítimo mundial em 2021. Em maio deste ano a província de Guangdong (sul da China) teve um surto de Covid-19, o que fez com que as autoridades estipulassem um novo lockdown fechando portos e aeroportos.
No porto de Yantian, por exemplo, a suspensão das atividades portuárias fez com que rotas marítimas ficassem saturadas, colocou mais pressão sobre os custos de frete e aumentou o tempo de parada dos navios (entre 14 e 16 dias).
Isso também causou uma reação em cadeia em outras cidades da região como Shekou, Chiwan e Nansha. Um dos principais problemas a longo prazo é o desabastecimento de insumos e produtos entre os países.
Em junho (2021), o porto de Xangai também precisou suspender a movimentação de cargas perigosas após incidentes no complexo portuário, o que se estendeu até 2 de julho.
Já na cidade de Qingdao, uma infestação de algas verdes causada pelo despejo de esgoto e fertilizantes no mar afetou uma área costeira de 1.700km², mas, apesar disso, até o momento o funcionamento do porto continua normal.
No leste da China, o tufão In-Fa causou enchentes por todo o local, fechando os portos de Xangai e Ningbo, um dos principais do país.
Com os grandes desafios que ainda afetam as operações, é necessário tomar alguns cuidados para otimizar os processos de importação e evitar atrasos:
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